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Estado de Minas

Poucos prefeitos em Minas conseguem cumprir promessas de campanha

Em Divin�polis e Ita�na, os prefeitos come�aram a cumprir compromissos, mas em Par� de Minas, n�o sa�ram do papel


postado em 07/10/2013 00:12 / atualizado em 07/10/2013 07:34

Os eleitores que se animaram com a previs�o feita pelo prefeito reeleito de Divin�polis, Vladimir Azevedo (PSDB), em dezembro passado de concluir o hospital p�blico regional ainda neste ano v�o ter que esperar mais um pouco. Nesses nove meses, a prefeitura conseguiu concluir apenas 10,5% da obra, com investimento total de R$ 36 milh�es. Ser� preciso ainda uma segunda etapa da constru��o, onde ser�o gastos cerca de R$ 42 milh�es. A nova estimativa do prefeito � entregar o hospital at� o in�cio de 2015. “N�o � que atrasou. Trata-se de uma obra de alta complexidade.

S�o muitos detalhes que devem ser observados para que n�o seja entregue uma obra malfeita ou feita de qualquer jeito”, argumentou ele. A conclus�o do hospital foi uma das promessas feitas em dezembro, quando o Estado de Minas publicou os principais compromissos assumidos pelos prefeitos de 29 das principais cidades de Minas. Desde ontem, uma s�rie de reportagens mostra que muito pouco foi feito nesses munic�pios at� agora.

A dona de casa Maria Elizabeth Teixeira, de 30 anos, acha que mesmo depois de pronto ser� dif�cil manter a unidade funcionando. “N�o conseguem nem salvar o S�o Jo�o de Deus (hospital refer�ncia na Regi�o Centro-Oeste) e v�o construir um hospital novo. Isso n�o faz muito sentido para mim”, afirma.

Outro pilar da campanha tucana foi a despolui��o do Rio Itapecerica, um problema que mal come�ou a ser resolvido. Por meio de conv�nio, a Copasa ficou respons�vel pela constru��o de tr�s Esta��es de Tratamento de Esgoto (ETEs). Em setembro do ano passado, a primeira delas come�ou a ser constru�da e deve ser colocada em funcionamento at� o fim deste m�s. “Com a finaliza��o da ETE do Rio Par�, 10% do esgoto da cidade come�a a ser tratado. Estamos ainda fazendo os interceptores de esgoto nos c�rregos”, informou o prefeito. As outras duas ETEs ser�o feitas por meio de uma parceria p�blico-privada (PPP), proposta pela Copasa.

 

A empresa respons�vel ainda n�o foi escolhida. Ser�o gastos aproximadamente R$ 220 milh�es nas tr�s esta��es. O representante comercial Juvelino Rezende da Silva, de 54 anos, que mora pr�ximo ao Rio Itapecerica, no Bairro Bom Pastor, acha que a solu��o ainda demora. Para ele, o que mais incomoda � o cheiro do esgoto que cai na correnteza. “� terr�vel. Temos que fechar todas as janelas. Ver essas �guas limpas � o sonho de toda popula��o, mas n�o acho que isso acontecer� t�o cedo”, lamentou.

J� a promessa de completar o Anel Rodovi�rio, que liga a BR-494 � MG-050, come�ou a sair do papel h� dois meses e deve ser entregue no primeiro semestre de 2014. “Est�o em andamento os trabalhos de terraplenagem, promovendo a escava��o, corte, abertura, reaterro e nivelamento da estrada”, relata o prefeito.

D�vidas


Em Ita�na, o prefeito Osmando Pereira (PSDB) focou os primeiros nove meses de sua administra��o na reorganiza��o do servi�o p�blico, com pagamento de d�vidas atrasadas, incluindo sal�rios de servidores. “Pegamos a prefeitura com uma d�vida de R$ 20 milh�es e, desse valor, restam apenas R$ 3 milh�es a serem pagos. Refizemos contratos, desfizemos aqueles desnecess�rios e cortamos gastos. Voltamos com o projeto do governo itinerante, que facilita o acesso da comunidade aos servi�os”, diz.

Em janeiro, o prefeito havia destacado que pelo menos 90% do asfalto das ruas precisava ser recuperado, mas a situa��o n�o mudou muito at� agora. “Temos hoje, pelo menos, 150 quil�metros de asfalto que precisam ser trocados. � um problema que n�o vai ser resolvido em uma s� gest�o”, acrescenta. De acordo com Osmando, foram feitas algumas obras emergenciais, como opera��es tapa-buraco nas principais vias e o asfaltamento de parte do Bairro Garcias.

Na sa�de, o prefeito admite a falta de m�dicos, mas informa que a prefeitura contratou at� agora 200 funcion�rios para a �rea. “Antes, t�nhamos um d�ficit muito grande de m�dicos e de profissionais. Hoje, apenas uma equipe do Programa de Sa�de da Fam�lia (PSF) ainda est� sem m�dico. Todas as outras est�o com respons�vel ”. Estudante do curso de medicina, Felipe Almeida Santos, de 24 anos, sempre morou em Ita�na e acredita que a cidade merece uma aten��o especial na sa�de. “Todo mundo percebe que h� mesmo um certo investimento, mas a popula��o precisa de mais. Ainda tem postos que precisam de reforma e falta m�dico. O trabalho n�o pode parar”.

Prefeitura coloca a culpa na burocracia


Os mais de 20 anos passados na Assembleia Legislativa parecem n�o ter facilitado a vida do ex-deputado estadual Ant�nio J�lio (PMDB), que fez promessas de obras importantes ao assumir a Prefeitura de Par� de Minas, no Centro-Oeste do estado, mas n�o conseguiu colocar nenhuma delas em pr�tica. A justificativa dele � o excesso de burocracia para abertura do processo de licita��o.

Em janeiro, Ant�nio J�lio priorizou a sa�de, a educa��o e a melhoria do servi�o p�blico e citou como fundamentais a amplia��o da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), as obras de preven��o de enchentes e a revitaliza��o de todas as quadras esportivas. “Em rela��o a obras ainda n�o fizemos nada. Estou realmente assustado com a burocracia no processo de licita��o. Isso est� nos travando. Tenho dinheiro para realiza��o de obras, mas n�o posso us�-lo”, afirma o prefeito.

O peemedebista faz novas promessas. No caso da UPA, ele garante que as obras devem recome�ar em 15 dias, j� que uma verba inicial de aproximadamente R$ 1 milh�o foi liberada pelo governo federal, por meio do Minist�rio da Sa�de, para esta obra e para reformas de unidades b�sicas de sa�de (UBSs). Quanto �s quadras do munic�pio, todas devem ser revitalizadas at� fevereiro. O valor investido n�o foi informado. J� quanto �s obras para prevenir enchentes, s� o projeto est� pronto. “Trata-se de um processo longo, n�o h� previs�o”, admite.

Na mesma Para a dona de casa Maria Antonieta da Silva Linhares, de 42 anos, Par� de Minas continua a mesma. Ela, que sempre morou na cidade, diz que n�o percebeu nenhuma melhoria e nenhuma piora no munic�pio desde janeiro. “Na verdade, � como se fosse o mesmo prefeito. Porque n�o mudou nada n�o. Os problemas continuam e nada foi feito at� agora”, lamenta. O comerciante Francisco Rezende de Jesus, de 53, reclama da viol�ncia. “A gente vota esperando mudan�a, mas acaba desanimando. N�o iam arrumar as quadras? �s vezes, assim at� diminu�a a viol�ncia”, afirma. (SL)


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