O PP e o PROS articulam a cria��o de um bloco parlamentar na C�mara dos Deputados com o objetivo de se transformar na terceira for�a no Legislativo e, assim, se cacifar para a reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff planeja realizar nos pr�ximos meses.
A uni�o PP-PROS contar� com 58 parlamentares, 41 deles do PP e 17 do PROS. A quarta for�a � a dos oposicionistas do PSDB, com 46 deputados.
O PP j� comanda a pasta das Cidades e deseja manter o controle com a sa�da de Aguinaldo Ribeiro para disputar as elei��es, enquanto o novato PROS almeja ficar � frente da pasta dos Portos que tinha at� o in�cio do m�s um titular ligado os irm�os Cid e Ciro Gomes, filiados � legenda. “Claro que d� for�a para todo mundo envolvido. Mas tamb�m seria uma uni�o que consolidaria o processo de fortalecimento da base”, diz Eduardo da Fonte (PE), l�der do PP.
Da Fonte ocupou a lideran�a neste m�s ap�s demover do posto o ex-l�der, deputado Arthur de Lira (AL), acusado por setores do partido de se aliar com o l�der do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), em articula��es contra o governo. Em um gesto ao Pal�cio do Planalto, que tem restri��es ao peemedebista, o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), interveio e apoiou a manobra de Da Fonte.
O movimento foi um gesto de proximidade � presidente, com vistas �s elei��es de 2014, j� que uma ala da sigla defende o apoio ao projeto presidencial do senador A�cio Neves (PSDB-MG).
A defini��o pela forma��o do bloco, contudo, deve ser tomada ap�s consultas internas do PROS, incluindo os irm�os Gomes, e uma reuni�o com o presidente do PT, Rui Falc�o, que deve acontecer nessa semana.
O l�der da legenda na C�mara, Gilvaldo Carimb�o (AL), v� vantagens e desvantagens na associa��o. “Estou tendo a prud�ncia de ouvir todos. Seria interessante participar da 3.ª bancada na C�mara”, afirmou.
O Minist�rio das Cidades tem grande potencial eleitoral devido a sua capilaridade pelo Pa�s. Seu Or�amento previsto para 2014 � de R$ 24,1 bilh�es, sendo R$ 7,5 bilh�es para investimentos. Aguinaldo Ribeiro deixar� a pasta para disputar o governo da Para�ba ou uma vaga no Senado. O partido negocia com o PT para continuar na pasta em troca do apoio � reelei��o da presidente Dilma.
Rec�m criado, o PROS tem como alvo a Secretaria de Portos. Le�nidas Cristino, afilhado dos irm�os Gomes, deixou a pasta em outubro mesmo com o grupo pol�tico tendo deixado o PSB para continuar governista.
A inten��o dos dirigentes � que algu�m do grupo seja al�ado ao cargo para ficar a frente da pasta que tem or�amento de R$ 1,2 bilh�o para o pr�ximo ano, a metade em investimentos.
No Parlamento, a cria��o de um bloco resultaria na escolha de apenas um l�der na Casa. E as vota��es seriam orientadas como um todo, para todos os parlamentares d os dois partidos.