O Senado quer instalar uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para apurar os casos de viol�ncia contra jovens negros no pa�s. At� o in�cio da tarde desta sexta-feira, 30 assinaturas j� haviam sido recolhidas para criar a comiss�o, tr�s a mais que o n�mero m�nimo necess�rio. Como at� a meia-noite desta sexta-feira os senadores ainda podem retirar ou acrescentar assinaturas, a proposta deve ser lida em plen�rio na semana que vem.
Paim – que j� estava sendo cotado para presidir a CPI – recebeu hoje o apoio do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). “� muito importante que n�s possamos evoluir nessa conversa��o para que Vossa Excel�ncia seja indicado, sim, para presidir essa Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito, porque, como todos sabem, as comiss�es parlamentares de Inqu�rito [CPIs], quando despolitizadas, costumam produzir resultados muito prof�cuos em termos dos aprimoramentos institucionais”, disse Renan ao fazer um apelo para que os l�deres dos partidos, respons�veis pela indica��o do presidente e do relator da Comiss�o, apoiem o nome de Paim.
Segundo a autora da proposta, senadora L�dice da Mata (PSB-BA), dados do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) mostram que, a cada tr�s assassinatos no pa�s, dois se referem a negros. Segundo a senadora, a chance de um adolescente negro ser assassinado � 3,7 vezes maior que a de um adolescente branco.
Para a senadora, o abandono da escola e a baixa inser��o no mercado de trabalho s�o alguns dos fatores que deixam os jovens mais vulner�veis � viol�ncia.
Com onze membros titulares e sete suplentes, depois de criada, a CPI funcionar� por um per�odo de 180 dias, prazo que pode ser prorrogado pelo mesmo per�odo.