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Estado de Minas

Pr�tica de troca de cargo feita por deputados favorece a reelei��o

Atualmente, 72 parlamentares da C�mara trocaram a fun��o por cargos nos governos federal, estaduais ou municipais. Pr�tica permite a��o mais efetiva nas bases e favorece reelei��o


postado em 27/10/2013 06:00 / atualizado em 27/10/2013 08:03

Bertha Maakaroun

Ministro da Agricultura Antônio Andrade está licenciado da Câmara(foto: Elza Fiuza/ABr)
Ministro da Agricultura Ant�nio Andrade est� licenciado da C�mara (foto: Elza Fiuza/ABr)
Embora eleitos para a C�mara dos Deputados, 72 parlamentares — o equivalente a 14% do plen�rio — exercem, neste momento, cargos executivos. A pr�tica transforma a Casa em espa�o de vaiv�m de suplentes, enquanto os deputados intercalam a atividade legislativa com postos em minist�rios, prefeituras, secretarias estaduais e municipais. Com a caneta na m�o, eles conseguem favorecer as bases eleitorais, o que facilita a pr�pria reelei��o.


As bancadas federais de S�o Paulo e de Minas Gerais — as maiores — s�o tamb�m as mais cambiantes. Com 70 cadeiras, 12 dos deputados eleitos por S�o Paulo n�o exercem o cargo: Jonas Donizette (PSB), Carlinhos Almeida (PT) e Alberto Mour�o (PSDB) se elegeram, respectivamente, para as prefeituras de Campinas, S�o Jos� dos Campos e Praia Grande, enquanto Dimas Ramalho (ex-PPS) agora tem assento no Tribunal de Contas do Estado de S�o Paulo. Esses renunciaram. Licenciaram-se da C�mara Aldo Rebelo (PCdoB), ministro do Esporte; e, para ocupar fun��es no governo de S�o Paulo, os deputados Edson Aparecido (PSDB), Jos� Anibal (PSDB), S�lvio Torres (PSDB), Rodrigo Garcia (DEM) e Julio Semeghini (PSDB). Se licenciaram para assumir fun��es na Prefeitura de S�o Paulo Jilmar Tatto (PT) e Jos� de Filippi (PT).


Em Minas Gerais, 11 dos 53 deputados eleitos n�o exercem o cargo. Gilmar Machado (PT), Paulo Piau (PMDB), M�rcio Reinaldo (PP) e Carlaile Pedrosa (PSDB) renunciaram para assumir as prefeituras de Uberl�ndia, Uberaba, Sete Lagoas e Betim, respectivamente. Ant�nio Andrade assumiu o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento. Para a estrutura do governo de Minas foram absorvidos Alexandre Silveira (PSB), na Secretaria de Gest�o Metropolitana; Bilac Pinto (PR), na Secretaria de Desenvolvimento Regional e Pol�tica Urbana; Carlos Melles, na Secretaria de Transportes e Obras P�blicas; Eros Biondini (PTB), na Secretaria de Esportes e da Juventude; N�rcio Rodrigues (PSDB), na Secretaria de Ci�ncia, Tecnologia e Ensino Superior; e Z� Silva, na Secretaria de Trabalho e Emprego.


Com a caneta

Mesmo no Executivo, os parlamentares n�o esquecem as bases, que poder�o lhes render a reelei��o. “Estar no Executivo � uma oportunidade para atuar com mais rapidez na regi�o de origem. O deputado passa a ter a caneta na m�o e a executar pol�ticas em vez de s� influenci�-las, como ocorre no Legislativo”, admite Ant�nio Andrade. “� no Executivo que as coisas acontecem”, acrescenta. O deputado Alexandre Silveira (PSD), secret�rio de Estado de Gest�o Metropolitana, que passou oito anos no Executivo. O primeiro foi em 2003, como diretor -geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), autarquia respons�vel pela gest�o das rodovias, portos e ferrovias e tamb�m por alavancar a carreira pol�tica dele. “Levei quase R$ 400 milh�es em obras para o Leste de Minas”, afirma. O resultado veio nas urnas em 2006. Silveira, que na primeira elei��o para a C�mara dos Deputados, ao concorrer pelo PR, n�o passou de 27 mil votos e ficou como suplente, da segunda vez quintuplicou os votos. Da� para o terceiro mandato foi um pulo.


As oportunidades para migrar para o Executivo, surgem principalmente nas composi��es pol�ticas. “H� um compromisso de grupo”, afirma Carlos Melles, secret�rio de Estado de Transportes e Obras P�blicas. Em 2010, a coliga��o majorit�ria que elegeu Antonio Anastasia (PSDB) ao governo tinha mais de 10 partidos. Na elei��o proporcional, o chap�o, principal base de sustenta��o do governo, foi feita com PSDB, DEM, PPS, PR e PP. “Na forma��o do governo houve uma preocupa��o em beneficiar os primeiros suplentes do chap�o”, lembra Melles. Ao convidar seis deputados federais para o governo, aliados que n�o se elegeram conseguiram retornar � C�mara como suplentes.


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