Juliana Cipriani
Quase metade da bancada federal de mineiros ter� de “discutir a rela��o” em �mbito estadual e federal para resolver com quem ficar�o nas elei��es de 2014. Entre os 53 parlamentares, 22 s�o de partidos da base aliada � presidente Dilma Rousseff (PT) e, em Minas Gerais, do senador A�cio Neves (PSDB). Ambos devem se enfrentar nas urnas na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica. A despeito das prefer�ncias individuais, os deputados – que, al�m de cuidar das pr�prias campanhas, atuam como cabos eleitorais dos candidatos majorit�rios nos munic�pios – precisam resolver com os partidos quem v�o apoiar.
Em outros anos, partidos “b�gamos” puderam apoiar Dilma ou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) nacionalmente e no estado fazer campanha para A�cio ou o governador Antonio Anastasia (PSDB). No ano que vem, como provavelmente dois mineiros se enfrentam, a quest�o ser� mais amarrada. O PR, que institucionalizou o Dilmasia (voto em Dilma e Anastasia) em 2010, agora busca o aval do diret�rio nacional para atender a maioria dos parlamentares, que s�o leais a A�cio. “Faz tr�s elei��es que conseguimos manter o apoio ao PT nacionalmente e ao PSDB no estado, mas nesta elei��o, se tiver mesmo o A�cio, complica tudo”, avalia o deputado federal e
No PSD, o alinhamento maior � com o governo Dilma, mas a legenda tem uma secretaria no governo Anastasia. Segundo o deputado federal Diego Andrade, vai pesar a possibilidade de inclus�o na chapa majorit�ria ao governo. O partido j� conversou com PMDB e PT, que demonstraram abertura na chapa, e vai se reunir com o PSDB na ter�a-feira. “O PSDB foi o �ltimo a nos chamar para conversar e, ao que parece, j� est� com a chapa pronta, que � um sandu�che de p�o com p�o: Pimenta da Veiga e Anastasia para governador e senador e ainda o Dinis Pinheiro, que agora � PP, mas at� ontem foi PSDB”, afirmou ele.
Bancadas
O PDT tem reuni�o da Executiva Nacional em Bras�lia no dia 31 para discutir a perman�ncia na base de Dilma. O partido ocupa o Minist�rio do Trabalho, com Manoel Dias, mas h� quem opte pelo apoio a A�cio ou ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Presidente do PDT no estado, o deputado federal M�rio Heringer acredita que o melhor seria liberar as bancadas estaduais. “Somos o partido que mais sofreu com a cria��o das novas legendas. Nossa bancada teve perda de um ter�o (de 27 para 18). Se sairmos amarrados de cima para baixo vai inviabilizar a recupera��o”, argumentou. Dos 21 deputados que migraram para o PROS, 18 eram governistas. O partido faz reuni�o em 22 de novembro para decidir o rumo. O presidente da legenda em Minas, deputado federal Ademir Camilo, que j� foi do PDT e do PSD, diz que vai conversar com todos.
Conversa tucana
O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), participa nesta segunda-feira em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, do primeiro encontro da s�rie Conversando com os Mineiros, que o partido vai promover nos pr�ximos meses. Os tucanos querem refor�ar a presen�a do ex-governador no segundo col�gio eleitoral do pa�s, onde esperam turbinar a vota��o dele, dando-lhe vantagem na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica. Junto com o presidenci�vel estar�o os dois nomes que podem compor chapa para disputar o governo do estado, o ex-ministro das Comunica��es Pimenta da Veiga (PSDB) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro (PP). Novas edi��es da conversa est�o marcadas para 11 de novembro, em Po�os de Caldas (Sul de Minas), e 2 de dezembro, em Montes Claros (Norte).