Cr�tico ao sistema de coaliz�o, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, saiu nesta segunda-feira, 28, em defesa da composi��o do governo do Estado, no primeiro encontro entre filiados ao partido e integrantes da Rede Sustentabilidade em S�o Paulo. "N�s n�o podemos achar que uma pessoa, por ter filia��o partid�ria, n�o pode ocupar uma fun��o p�blica. A�, � outro tipo de preconceito", disse, ao ser indagado sobre a participa��o de 14 legendas na base em Pernambuco e participa��o do PSB no governo federal do PT.
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB ressaltou que, mesmo com a vota��o expressiva, considerou importantes as cr�ticas feitas por Xavier e o procurou para ajudar a fazer "um governo melhor". "Fui buscar o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) para me ajudar tamb�m", completou. Vasconcelos tamb�m foi advers�rio de Campos na elei��o ao governo estadual em 2010. O governador de Pernambuco e presidente nacional socialista se defendeu, por fim, dizendo que "n�o teria a melhor avalia��o entre todos os governadores no s�timo ano de governo, depois de tr�s anos na maior estiagem, se n�o tivesse honrado os compromissos de inova��o que assumi com o povo pernambucano".
Marina tamb�m saiu em defesa de Campos. Disse que se ele fizesse uma gest�o fisiol�gica, n�o seria t�o bem aprovado pela popula��o. "Quando falo que vamos fazer alian�a program�tica, n�o significa governar sozinha. Nenhum partido tem condi��es de governar sozinho e nem � democr�tico", argumentou.
De acordo com ela, a posi��o que critica � de quando siglas fazem alian�as "fora de um programa" comum. "N�o significa governar sozinha, mas n�o poder� ser apenas distribui��o do cargo pelo cargo", disse Marina, que completou: "Se ganharmos, queremos governar com os melhores do PT, os melhores do PMDB, os melhores do PSDB, porque essas pessoas existem em todos os partidos."
Segundo Marina, a atua��o baseada em programa � a pol�tica feita em pa�ses maduros. "N�o � erro, n�o � fisiologismo, muito pelo contr�rio. � isso que a gente precisa inaugurar no Brasil", disse a ex-senadora do PSB do Acre, que criticou o "andar torto de fazer primeiro a alian�a e distribuir cargo", que, conforme ela, "n�o tem mais sustenta��o".
Diverg�ncias
Campos minimizou as diferen�as que tem com Marina, ao ser perguntado, por exemplo, sobre posicionamentos diversos a respeito do uso de c�lulas-tronco em pesquisa. "Tive muito mais pontos de converg�ncia com Marina. Claro que temos posi��es diversas, isso � positivo", afirmou ele, que disse ainda que os dois "j� chegaram � converg�ncia". Campos e Marina voltaram a criticar o sistema pol�tico atual. A ex-senadora do PSB ressaltou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento, com uma economia "diversificada" em que h� espa�o para a agropecu�ria "sustent�vel".
Pr�-campanha
O governador de Pernambuco e presidente do PSB negou que a atua��o conjunta com o grupo da Rede Sustentabilidade se trate de pr�-campanha e refor�ou que o encontro desta segunda-feira era apenas um "debate", feito no Dia do Funcion�rio P�blico, quando muitos n�o estariam trabalhando.
Palanques
O governador de Pernambuco negou que participe de discuss�o sobre os palanques estaduais e afirmou que a estrat�gia eleitoral ficar� para 2014. "Vamos ter um documento de refer�ncia daqui para dezembro, fazer semin�rios regionais, vamos ter discuss�o nos Estados. S� depois disso vai vir o debate sobre a composi��o, a forma��o de chapas", afirmou.
Campos evitou responder sobre o posicionamento pessoal a respeito da divis�o de palanques nos Estados, com composi��o de chapa com o PSDB, por exemplo. "N�o estamos discutindo isso ainda. � natural que nos Estados haja esse debate, n�s n�o estamos discutindo isso ainda. Depois desse debate do programa vamos fazer a estrat�gia eleitoral", disse.
A previs�o do governador � concluir o debate das diretrizes da alian�a at� dezembro. "Estamos aqui com 120 volunt�rios do Brasil inteiro para sair um documento at� dezembro, vamos fazer cinco grandes encontros regionais, para que nos primeiros meses de 2014 j� tenhamos as diretrizes para o programa e at� junho � nosso prazo", disse.
Perguntado sobre os pedidos de apoio feitos publicamente pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � campanha da presidente Dilma Rousseff e sobre a "m�quina eleitoral" � disposi��o de quem est� na administra��o federal, Campos respondeu: "Cada um faz o que pode fazer, do jeito que sabe fazer. N�s estamos fazendo desse jeito e acho que vai dar muito certo".