Diante de novos ataques dos black blocs em S�o Paulo, o ministro da Secretaria Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, admitiu nessa ter�a-feira que falta ao governo um “diagn�stico preciso” sobre a atua��o dos mascarados. Segundo ele, a gest�o de Dilma Rousseff est� com dificuldades de compreender as manifesta��es, devido � aus�ncia de interlocutores do movimento. “Um dos problemas � essa dificuldade de ter interlocutores que possam e que queiram, inclusive, dialogar. At� o momento, a linguagem aparente � muito da destrui��o, da nega��o”, afirmou.
De acordo com o ministro, o governo est� “preocupad�ssimo” desde que as manifesta��es, que se iniciaram em junho, come�aram a contar com a participa��o de grupos que defendem a viol�ncia como forma de protesto. “N�o basta criminalizar essa juventude. Precisamos entender at� que ponto a cultura de viol�ncia j� vivida na periferia j� emigrou para esse tipo de a��o”, afirmou.
Carvalho disse tamb�m que a sociedade est� ref�m do movimento e, por isso, se afastou das ruas com medo da viol�ncia dos black blocs. Para o ministro, o esvaziamento das ruas e a��o de grupos extremistas acende o sinal de alerta para a atua��o do governo. “O Estado n�o pode permitir a viol�ncia. O que n�s queremos � impedir a viol�ncia e, ao mesmo tempo, ir � raiz do problema para entender essa quest�o e tomar medidas que resolvam”, alegou.
Toque de recolher

Depois dos atos de viol�ncia e vandalismo, o medo tomou conta da popula��o na Zona Norte da capital paulista. Durante toda a tarde, as ruas ficaram desertas. Linhas de �nibus mudaram o itiner�rio para evitar a regi�o e o com�rcio fechou as portas mais cedo, ap�s ordens de toque de recolher. O assassinato de um jovem por um policial militar ontem de manh�, na periferia de S�o Paulo, tamb�m gerou revolta e protesto. No Bairro Parque Novo Mundo, a popula��o incendiou um caminh�o e bloqueou durante parte do dia a Avenida Tenente Amaro Felic�ssimo da Silveira. O grupo de cerca de 150 pessoas tentou parar a Marginal Tiet�, mas sem sucesso. Segundo a Pol�cia Militar, um soldado se perdeu no bairro e sofreu a abordagem de criminosos, que anunciaram um assalto. O policial atirou ao revidar a um disparo e matou o adolescente.