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Estado de Minas

"Fez, faz e far�" tenta garantir reelei��o de Dilma

Mote da campanha faz refer�ncia ao longo tempo do PT no governo federal


postado em 03/11/2013 08:43 / atualizado em 03/11/2013 09:19

A campanha da presidente Dilma Rousseff � reelei��o tentar� vender a ideia de que o governo do PT “fez, faz e far�” o Brasil avan�ar. O mote apareceu no programa petista de TV, que foi ao ar h� dez dias, e tem sido “esmiu�ado” em reuni�es promovidas pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em S�o Paulo.

Nos bastidores do partido, o plano est� sendo chamado de “Mais Lula”, numa refer�ncia ao lan�amento do programa Mais M�dicos. Sob encomenda do ex-presidente, economistas da confian�a dele e de Dilma avaliam, por exemplo, como retomar e acelerar o crescimento sem estimular a alta da infla��o e criando empregos de qualidade.


A plataforma da reelei��o est� sendo preparada para construir a narrativa de “uma nova etapa”. O novo papel do Estado e dos servi�os p�blicos, a reforma urbana p�s-protestos de junho e metas concretas para investir o dinheiro do pr�-sal do campo de Libra em educa��o e sa�de s�o temas que ter�o destaque no programa de Dilma para um eventual segundo mandato, al�m da quest�o econ�mica.

Empenhado em desconstruir cr�ticas de advers�rios de Dilma, como o senador A�cio Neves (PSDB), a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para quem � preciso “fazer mais e bem feito”, Lula j� d� pistas do discurso da reelei��o.

“O povo foi para a rua exigir um pouco mais do Estado, para dizer que precisa de mais coisas, porque ele aprendeu a comer contrafil� e n�o quer voltar a comer ac�m. Quer comer agora fil� de verdade. Ele quer o emprego, mas n�o quer mais um emprego qualquer. Ele quer estudar, mas em escolas de qualidade”, afirmou o ex-presidente na ter�a-feira, em Bras�lia.

Dono de uma popularidade de 80%, Lula percorrer� o Pa�s e subir� no palanque para vender ao eleitor aquilo que os petistas chamam de “continuidade criativa”. O plano � anunciar “mais e melhores” servi�os do Estado, mas a presidente ainda est� em busca de uma marca de governo para chamar de sua.

‘Tem mais o qu�?’
Dilma tamb�m refor�ou a agenda de viagens e vai agora investir no Nordeste. Em meados deste m�s, ela visitar� as atrasadas obras de transposi��o do Rio S�o Francisco. Vendido como “prioridade” de Dilma, o projeto deveria ter sido conclu�do no ano passado, mas enfrenta sucessivos adiamentos e � alvo de fortes cr�ticas do PSB e do PSDB. O custo da transposi��o, que prev� distribui��o de �gua em 390 munic�pios do Nordeste, foi inicialmente estimado em R$ 4 bilh�es, mas hoje supera R$ 8 bilh�es.

A estrat�gia para recuperar a imagem de gestora de Dilma, desgastada desde os protestos de junho, � tra�ada por pesquisas feitas sob encomenda do Instituto Lula, do Vox Populi e do marqueteiro Jo�o Santana.

Em recente sondagem sobre os programas do governo, os entrevistados elogiaram o ProUni e o financiamento escolar. Mas a pergunta que deixou dirigentes do PT intrigados foi singela: “E al�m disso tem mais o qu�?” A rea��o ocorreu em pesquisa quantitativa, que mede o humor dos eleitores. Depois do Mais M�dicos, est� em estudo no governo a amplia��o da escola em tempo integral.

“Lula faz sombra para Dilma no Planalto”, provocou A�cio, dois dias depois de coment�rios do ex-presidente, para quem o tucano e Marina tamb�m s�o “sombras” em seus respectivos partidos. Em Bras�lia, Lula procurou apaziguar diverg�ncias com o PMDB e conversou com Dilma sobre a reforma ministerial de janeiro de 2014.

“Enquanto os outros brigam como c�o e gato, um tentando desfazer o que o outro faz, ele joga em todas as posi��es do campo”, defendeu o senador Jorge Viana (PT-AC). “A Marina n�o � sombra. � uma �rvore. S� que a vis�o ecol�gica dela n�o combina com o choque de gest�o do Eduardo”, disse o governador do Rio Grande do Sul e ex-presidente do PT, Tarso Genro.

Ajuste fiscal

�s v�speras de um ano eleitoral, sem disposi��o para reduzir gastos, d�ficit recorde nas contas p�blicas e uma tempestade � vista no cen�rio internacional, a equipe de Dilma tamb�m est� preocupada em dissipar a desconfian�a do mercado nos rumos da economia. Uma das propostas em estudo prev� um programa fiscal de longo prazo para o per�odo 2015-2018.

Na fun��o de “ouvidor-geral” do Pal�cio do Planalto, Lula faz reuni�es peri�dicas, geralmente quinzenais, com empres�rios, banqueiros, investidores e representantes de multinacionais no Brasil. Nesses encontros, escuta sugest�es e queixas de empres�rios, petistas e aliados de todos os partidos, do PMDB ao PC do B, sobre o estilo Dilma. As reclama��es tamb�m atingem o secret�rio do Tesouro, Arno Augustin, que esteve por tr�s de todos os pacotes de concess�es e � visto pelo mercado como um intervencionista contumaz.

Em agosto, o ex-presidente chamou Nelson Barbosa, ex-secret�rio executivo do Minist�rio da Fazenda e desafeto de Augustin, para o n�cleo de conselheiros do Instituto Lula.

O grupo de economistas que se re�ne com Lula e faz relat�rios com propostas para o Brasil � composto, ainda, por M�rcio Pochmann, presidente da Funda��o Perseu Abramo, Luiz Gonzaga Belluzzo, Delfim Neto, Glauco Arbix e Jorge Mattoso. Os ex-ministros Antonio Palocci, que caiu ap�s den�ncias de multiplica��o do patrim�nio, e Franklin Martins, al�m de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, tamb�m comp�em o time.


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