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Estado de Minas

Ex-diretor da Siemens envolve seis pol�ticos com cartel

At� agora, o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal apontavam suspeitas de corrup��o que envolviam apenas ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM


postado em 21/11/2013 08:31 / atualizado em 21/11/2013 08:40

Em relat�rio entregue no dia 17 de abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer afirma que o hoje secret�rio da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur Gomes Teixeira como um dos recebedores de propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens em S�o Paulo.

O ex-executivo, que � um dos seis lenientes que assinaram um acordo um m�s depois com o Cade em que a empresa alem� revela as a��es do cartel de trens, tamb�m cita o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), aliado dos tucanos, como poss�vel benefici�rio.

Trata-se do primeiro documento oficial que vem a p�blico que faz refer�ncia a supostas propinas pagas a pol�ticos ligados a governos tucanos. At� agora, o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal apontavam suspeitas de corrup��o que envolviam apenas ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

As acusa��es do ex-diretor da Siemens foram enviadas pelo Cade � Pol�cia Federal e anexadas ao inqu�rito que investiga o cartel de trens no Estado de S�o Paulo e no Distrito Federal.

No texto, Rheinheimer afirma ainda ter em seu poder “uma s�rie documentos que provam a exist�ncia de um forte esquema de corrup��o no Estado de S�o Paulo durante os governos (M�rio) Covas, Alckmin e (Jos�) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM”. “Trata-se de um esquema de corrup��o de grandes propor��es, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo ferrovi�rio como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de S�o Paulo e do Distrito Federal”, escreveu.

Outros quatro pol�ticos s�o citados pelo ex-diretor da Siemens como “envolvidos com a Procint”. A Procint Projetos e Consultoria Internacional, do lobista Athur Teixeira, segundo o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal, � suspeita de intermediar propina a agentes p�blicos.

O documento faz men��o ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), os secret�rios estaduais Jos� An�bal (Energia), deputado (PSDB-SP); Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econ�mico).

Rheinheimer foi diretor da divis�o de Transportes da Siemens, onde trabalhou por 22 anos, at� mar�o de 2007.

Ele e outro leniente prestaram depoimento � Pol�cia Federal em regime de colabora��o premiada - em troca de eventual redu��o de pena ou at� mesmo perd�o judicial, eles decidiram contar o que sabem do cartel. Esses depoimentos est�o sob sigilo.

Men��es

Sobre Aparecido e Jardim, Rheinheimer sustenta em seu texto que “seus nomes foram mencionados pelo diretor-presidente da Procint Arthur Teixeira, como sendo os destinat�rios de parte da comiss�o paga pelas empresas de sistemas (Alstom, Bombardier, Siemens, CAF, MGE, T'Trans, Temoinsa e Tejofran) � Procint”.

De Aloysio, Jurandir e Garcia, diz ter tido “a oportunidade de presenciar o estreito relacionamento do diretor-presidente da Procint, Arthur Teixeira, com estes pol�ticos”. Sobre An�bal, anotou: “Tratava diretamente com seu assessor, vice-prefeito de Mairipor�, Silvio Ranciaro.”

Ele ainda apontou o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filipelli (PMDB), e o ex-governador do DF Jos� Roberto Arruda como “pol�ticos envolvidos com a MGE Transportes (Caterpillar)”. A MGE � apontada pelo Minist�rio P�blico e pela Pol�cia Federal como a outra rota da propina, via subcontrata��es - a empresa era fornecedora da Siemens e de outras companhias do cartel.

Rheinheimer diz ser o autor da carta an�nima que deflagrou a investiga��o do cartel dos trens, enviada em 2008 ao ombudsman da Siemens. Ele relata ter feito as den�ncias para se “defender de rumores sobre seu envolvimento neste esc�ndalo”. O executivo assevera que, apesar de suas den�ncias, a Siemens optou por “abafar o caso”.

Amea�a

No texto, ele se diz disposto a contar o que sabe, mas sugere receber em contrapartida sua nomea��o para um alto cargo na mineradora Vale.

Rheinheimer afirma que queria induzir a Siemens a fazer uma autoden�ncia ao Cade para facilitar a obten��o de autoriza��o judicial para execu��o dos mandados de busca e apreens�o nas outras empresas. Segundo ele, isso resolveria “o maior problema do Minist�rio P�blico de S�o Paulo, que � o acesso �s provas para poder levar adiante suas investiga��es sobre corrup��o ativa”. “Al�m de envolver muitos projetos e dezenas de pessoas, o esquema de corrup��o se estende por um longo per�odo (1998-2012).”


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