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Estado de Minas

Dinheiro repassado para Recife poderia ter sido investido na recupera��o das esta��es de BH

Durante cinco anos, o Metr� de Belo Horizonte repassou verbas para a Superintend�ncia do Recife, que chegou a R$ 54 milh�es


postado em 01/12/2013 06:00 / atualizado em 01/12/2013 07:17

Cenas registradas em algumas estações: goteira e infiltração sobre o balcão de atendimento; extintor de incêndio vazio; água minando do elevador e estoques de material em plena estação do metrô(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press)
Cenas registradas em algumas esta��es: goteira e infiltra��o sobre o balc�o de atendimento; extintor de inc�ndio vazio; �gua minando do elevador e estoques de material em plena esta��o do metr� (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press)
A remessa constante de recursos provenientes do Metr� de Belo Horizonte para a Superintend�ncia do Recife, que chegou a R$ 54 milh�es em cinco anos, poderia ter financiado reformas e investimentos em mais seguran�a e conforto para os usu�rios da capital mineira. � o que aponta o Sindicato dos Metrovi�rios, que entende esse processo ser parte do descaso da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) com o Metr� de BH, que ser� estadualizado nos pr�ximos anos. N�o � dif�cil ver o sucateamento das 19 esta��es ao longo dos 28,5 quil�metros de trilhos entre Venda Nova e o Eldorado, em Contagem. Ao percorrer todas essas instala��es na semana passada, a reportagem do Estado de Minas constatou um cen�rio de abandono em algumas delas, que est�o repletas de goteiras e n�o t�m equipamentos b�sicos de seguran�a.

Ao todo foram contabilizadas 21 goteiras nos telhados das esta��es, 15 telefones p�blicos que n�o funcionavam, 11 extintores de inc�ndio vencidos ou inoperantes e quatro compartimentos para mangueiras sem os equipamentos. Uma das situa��es piores � a da Esta��o Minas Shopping, no Bairro Uni�o, Regi�o Nordeste de BH. Apesar de atender uma regi�o que conta com hot�is e um shopping, al�m de estar no caminho para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a estrutura n�o conta com mapas para orientar os usu�rios sobre o entorno. Quatro pain�is que costumavam exibir essas informa��es estavam vazios. Um dos telefones p�blicos instalados no local n�o funciona e outro foi arrancado e n�o substitu�do, restando apenas o suporte met�lico numa das pilastras de concreto.

Portadores de baixa vis�o tamb�m n�o contam com o aux�lio de piso podot�til para orientar seu deslocamento e o acesso aos trens. Da mesma forma, a seguran�a n�o parece ser uma das principais preocupa��es da esta��o, j� que dois extintores de inc�ndio se encontravam despressurizados, ou seja, n�o seriam efetivos no combate a chamas. Um terceiro equipamento, de p� qu�mico, espec�fico para apagar o fogo causado por equipamentos el�tricos e cuja presen�a nas depend�ncias do metr� � obrigat�ria, n�o estava sequer pendurado na pilastra que tinha a etiqueta que alerta para a presen�a do equipamento.

V�rias outras esta��es apresentaram defici�ncias de seguran�a como essa. Na de Santa In�s, na Regi�o Leste de BH, os dois compartimentos para mangueiras de combate a inc�ndio das plataformas estavam vazios. Na Esta��o S�o Gabriel, que faz integra��o com os sistemas de �nibus municipais e metropolitanos e onde ser� feita a integra��o com a futura rodovi�ria da capital mineira, tamb�m faltam equipamentos e h� falhas na opera��o que causam inseguran�a. Uma das mangueiras de combate a inc�ndio n�o estava na caixa de metal reservada para o equipamento.

Funcion�rios que cuidam da estocagem de insumos como pap�is higi�nicos e toalha e gal�es de produtos qu�micos de limpeza usaram parte da plataforma para amontoar esses produtos, bloqueando o extintor de inc�ndio e um dos pain�is com mapa de orienta��o das linha e dos arredores da esta��o.

O pr�prio relat�rio produzido no ano passado pela Metrominas, empresa formada pelo estado e pelas prefeituras de BH e Contagem para implantar e operar o metr�, afirma categoricamente que todas as esta��es ter�o de sofrer adapta��es, sendo “necess�ria sua atualiza��o. Para melhorar o equipamento e o desempenho da Linha 1 do Metr� BH, a execu��o de interven��es planejadas, mas ainda n�o implantadas, � imprescind�vel”.

Mem�ria

Antiga linha de carga

O metr� de BH foi implantado em agosto de 1986 e ainda tem apenas uma linha, a Vilarinho-Eldorado, constru�da a partir do leito da antiga linha de carga existente desde a funda��o de Belo Horizonte, que cortava a cidade de leste a oeste. De acordo com o diagn�stico da licita��o para a parceria p�blico-privada feita pela Metrominas, “essa limita��o no tra�ado b�sico, somada ao fato de as esta��es terem sido constru�das, sem considerar o planejamento urbano, em locais inadequados e sem continuidade com o tecido urbano adjacente, gera problemas de acessibilidade para a popula��o em geral e, principalmente, aos portadores de necessidades especiais”. Nesses 27 anos, melhorias foram agregadas � Linha 1, como a implanta��o das esta��es Vila Oeste e a Minas Shopping, modifica��es de concep��o da Esta��o Jos� C�ndido e extens�o da linha at� o Vilarinho.


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