O Brasil perdeu tr�s posi��es entre os 177 pa�ses avaliados pelo �ndice de Percep��o da Corrup��o (IPC) da Transpar�ncia Internacional. O �ndice foi divulgado ontem e em uma escala que vai de zero a 100, sendo zero o mais corrupto e 100 o mais honesto, o pa�s obteve 42 pontos, um a menos que o IPC de 2012, caindo do 69° para o 72° lugar. O relat�rio aponta que mais de dois ter�os dos 177 pa�ses teve pontua��o abaixo de 50.
Entre as recomenda��es que a Transpar�ncia Internacional fez para o Brasil para ficar melhor no IPC est� mais rigor no financiamento das campanhas eleitorais. Um passo importante, segundo o relat�rio, � que os doadores dos partidos pol�ticos devem ser revelados no in�cio do processo eleitoral e n�o somente ap�s o pleito, como acontece atualmente. Outra recomenda��o � aumentar a transpar�ncia dos governos locais, como prefeituras, com a aplica��o da atual Lei da Transpar�ncia.
“Embora a presidente Dilma Rousseff tenha adotado uma postura firme contra a corrup��o no governo, os riscos perduraram”, sustenta o relat�rio, que informa ainda que de 2003 at� o ano passado cerca de 4 mil funcion�rios p�blicos foram demitidos por corrup��o ou desonestidade . Outro ponto � que a burocracia enfrentada pelas empresas – principalmente pelas ag�ncias reguladoras – pode aumentar a probalidade de funcion�rios p�blicos exigirem subornos.
Para Josmar Verillo, membro fundador da Amarribo (entidade que representa a Transpar�ncia Internacional no pa�s), o Brasil precisa melhorar muito, pois est� abaixo da m�dia de todos os pa�ses avaliados, que � 43 pontos. Na an�lise dele, leis como a Ficha Limpa, a Lei de Acesso a Informa��o, da Improbidade Administrativa e da Anticorrup��o Empresarial (que come�a a vigorar em fevereiro) foram passos importantes, mas � preciso que sejam aplicadas com rigor.
“As leis n�o s�o aplicadas e o Judici�rio est� devendo um papel de maior proemin�ncia”, avalia Verillo. Por�m, ele acredita que o Brasil poderia ter ficado melhor no ranking caso as pris�es dos 11 condenados de participarem do mensal�o tivesse sido computadas. “Foi a primeira vez que poderosos foram para a cadeia”, afirma.
O ranking da Transpar�ncia Internacional � divulgado desde 1995 e se baseia em dados levantados por 13 institui��es internacionais, entre elas o Banco Mundial, o F�rum Econ�mico Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e consultorias como a ISH Global Insight, que estuda 203 pa�ses. S�o avaliados crit�rios como acesso a informa��o p�blica, regras de comportamentos de servidores, presta��o de contas dos recursos e a efic�cia de �rg�os.
No mundo
A Espanha despencou 10 posi��es, ficando em 40º lugar, e est� entre os pa�ses que mais perderam pontos, com G�mbia, Mali, Guin�-Bissau e L�bia. O �nico pa�s que caiu mais no ranking foi a S�ria, mergulhada em uma guerra civil. A maior melhora no mundo foi de Mianmar, que saiu em 2011 de 49 anos de regime militar. O pa�s asi�tico melhorou seis pontos e ganhou 15 posi��es, ficando na 157ª. Entre as grandes economias mundiais, os EUA ficaram em 19º lugar e a China em 80º – ambos repetindo a posi��o do ano passado. A R�ssia melhorou ligeiramente e est� em 127º lugar, depois de ficar em 133º no ano passado. O Jap�o caiu uma posi��o e ficou em 18º.