Para conter um princ�pio de rebeli�o em sua base governista, a presidente Dilma Rousseff decidiu recuar e n�o mais vetar os trechos da Lei de Diretrizes Or�ament�rias que garantem a execu��o obrigat�ria de emendas parlamentares individuais em 2014, o chamado Or�amento Impositivo. Em troca, a base aceitou aprovar na pr�xima ter�a-feira o Or�amento do ano que vem.
O recuo do governo ocorreu ap�s as cr�ticas que o Planalto sofreu depois de anunciar que Dilma vetaria os trechos na LDO. O PMDB se sentiu diretamente atingido pelo an�ncio do veto, uma vez que o Or�amento Impositivo � uma bandeira do partido para garantir o abastecimento de recursos �s suas bases eleitorais e, assim, conseguir assegurar uma bancada federal significativa. O partido deseja retomar o posto de maior bancada da C�mara, posi��o perdida para o PT nas elei��es de 2010.
O governo avaliou que seria prejudicial abrir uma crise com o principal aliado agora, �s v�speras do ano eleitoral. Isso porque as bancadas oriundas de Estados onde h� problemas na montagem dos palanques com o PT, como Rio de Janeiro, Cear� e Bahia, aproveitaram o epis�dio desta semana para refor�ar a tese de que os dois partidos n�o devem se aliar em 2014.
Tanto que o vice-presidente da Rep�blica e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, foi acionado pelo governo para negociar uma sa�da. Nesta quarta-feira, ele disse estar convencido que a conven��o do PMDB n�o ser� antecipada de junho para abril, como querem os insatisfeitos. Segundo o vice-presidente, este movimento j� foi mais forte, e agora, arrefeceu. Para ele, "n�o cabe ao PMDB fazer este tipo de amea�a", acrescentando que o partido "n�o pode usar conven��o para fazer amea�as" ao apoio � reelei��o da presidente Dilma Rousseff e ao PT. Temer disse que, se antecipar a conven��o, "tem de ser pra valer", ou seja, a decis�o que for tomada antes tem de ser a definitiva e n�o seria realizada uma nova reuni�o da dire��o peemedebista para uma segunda decis�o diferente.