
O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou nesta quarta-feira, 18, que provavelmente vai disputar uma reelei��o para a C�mara no ano que vem. Ele considerou que uma eventual disputa por um cargo de senador, como chegou a ser cogitado nesta ano, teria que ser algo "muito bem arrumado" para se viabilizar, uma vez que no pleito do ano que vem haver� apenas uma vaga por Estado. "Se fossem duas vagas eu iria sem medo", disse o parlamentar, pouco depois de encerrar sua �ltima sess�o � frente da Comiss�o de Direitos Humanos.
Outro fator citado por Feliciano como um empecilho para uma disputa ao Senado � a indefini��o dos candidatos que concorrer�o por S�o Paulo, com a possibilidade de o ex-governador de Jos� Serra (PSDB) participar do pleito. "Se fosse s� o Suplicy (senador Eduardo Suplicy, do PT) eu entrava (na disputa)", disse Feliciano.
Segundo o deputado, uma corrida ao Senado entre ele e Suplicy mobilizaria o eleitorado conservador. "O Suplicy tem o sobrenome da Marta (ministra da Cultura e ex-esposa de Suplicy), que prejudicou os evang�licos. Dava uma briga bonita", resumiu. Ele deve definir seu destino pol�tico no in�cio do ano que vem.
Balan�o
Em seu �ltimo dia � frente da Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara dos Deputados, Marco Feliciano fez um balan�o que considerou "positivo" de sua gest�o e disse que o debate "s� n�o foi mais produtivo" porque siglas como o PT e o PSOL "abandonaram a comiss�o". "Colocamos os direitos humanos na pauta das pessoas; direitos humanos n�o � apenas beneficiar um ou dois grupos", disse.
Ao assumir a presid�ncia do colegiado no in�cio deste ano, Feliciano, acusado de racismo e homofobia, foi alvo de uma s�rie de cr�ticas de organiza��es de defesa dos direitos humanos e as sess�es do grupo foram marcadas por protestos. "Teve muita gente que apostou que eu iria renunciar", disse o deputado.
A presid�ncia de Feliciano fez com que a comiss�o fosse esvaziada e deputados como Jean Wyllys (PSOL-RJ) e �rika Kokay (PT-DF) deixaram o colegiado em protesto. Dominada por deputados ligados � igrejas evang�licas, a comiss�o aprovou ao longo do ano, por exemplo, mat�rias consideradas pela popula��o homossexual como retrocessos. Uma das propostas permite que organiza��es religiosas expulsem de seus templos pessoas que "violem seus valores, doutrinas, cren�as e liturgias" e ainda desobriga igrejas a celebrar casamentos em "desacordo com suas cren�as".
Feliciano argumentou ainda que "n�o pensa" no dividendo pol�tico que o per�odo � frente da comiss�o pode lhe trazer com o eleitorado evang�lico. "Sou um pol�tico com posicionamento que defende o que pensa", concluiu.