O Metr� e a CPTM mant�m, em seus altos escal�es, funcion�rios investigados pela Pol�cia Federal e pelo Minist�rio P�blico sob suspeita de receberem propina do cartel de trens em S�o Paulo. Jos� Luiz Lavorente, diretor de opera��o e manuten��o da CPTM, e D�cio Tambelli, assessor t�cnico e ex-diretor de opera��es do Metr�, s�o alvos dos inqu�ritos que apuram a exist�ncia do cartel de trens no Supremo Tribunal Federal (STF) e tamb�m no Minist�rio P�blico do Estado de S�o Paulo.
Os tr�s foram acusados pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer na carta an�nima que produziu- datada de 17 de abril de 2013 -, e que posteriormente foi entregue pelo ministro Jos� Eduardo Cardozo � Pol�cia Federal. No texto, o executivo afirma que Lavorente, Tambelli e Scaglione estavam “h� mais de dez anos na folha de pagamento da MGE”, empresa que, segundo investigadores, era subcontratada pela Siemens com a fun��o de pagar propina a agentes p�blicos.
Rheinheimer tamb�m afirmou que cada um dos tr�s levava “uma vida incompat�vel com sua remunera��o” no Metr� ou na CPTM. Ele ainda disse que Scaglione era a “emin�ncia parda” do Metr�, e que foi “atrav�s dele que a MGE conseguiu monopolizar os lucrativos (superfaturados) contratos de reforma de rotativos do Metr�”.
O executivo depois corroborou as declara��es em depoimentos � Pol�cia Federal e ao Minist�rio P�blico Federal.
Na carta an�nima que enviara ao ombudsman da Siemens em junho de 2008, o ex-diretor da multinacional j� afirmara que os tr�s estiveram na “lista de pagamento” da MGE “por muitos anos”.
Reinheimer tamb�m afirmou, nas cartas e em depoimentos, que o consultor Arthur Teixeira - apontado como lobista pela Pol�cia Federal - lhe disse que o secret�rio da Casa Civil de S�o Paulo, Edson Aparecido (PSDB) e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) recebiam propina. O ex-diretor citou ainda os secret�rios Jos� An�bal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) como envolvidos em “acordos financeiros”.
Os quatro figuram como partes do inqu�rito que agora est� sob a responsabilidade da ministra Rosa Weber, do STF.
Condena��o
Jos� Luiz Lavorente foi condenado pela primeira inst�ncia da Justi�a de S�o Paulo por aus�ncia de procedimento licitat�rio e superfaturamento de uma obra da extinta Ferrovia Paulista (Fepasa), da qual foi diretor.
O juiz o condenou, e tamb�m a outros diretores, a devolver R$ 5 1 milh�es aos cofres p�blicos pelas irregularidades.
Em maio de 2013, o ministro Napole�o Nunes Maia Filho acolheu recurso especial e determinou a anula��o do processo sob a alega��o de que a Fepasa n�o constou como parte do processo. O recurso ainda n�o transitou em julgado.