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Estado de Minas

Universidade do governo ter� aulas de marxismo

A Universidade do Trabalhador vai usar a expertise do Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento, projeto sob a tutela, desde 2004, da Casa Civil, com cerca de 100 mil matr�culas


postado em 21/12/2013 09:46

O governo federal vai fundar, no primeiro trimestre de 2014, a Universidade do Trabalhador, plataforma de ensino � dist�ncia que oferecer� cursos de qualifica��o profissional tendo como principal meta a “politiza��o” dos trabalhadores. As aulas incluem “marxismo, socialismo e capitalismo”, antecipou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Para o representante do PDT no Minist�rio de Dilma Rousseff, os trabalhadores de hoje precisam de uma maior compreens�o pol�tica. “Estamos vivendo um per�odo de despolitiza��o geral no Brasil, em todas as �reas. Os trabalhadores s�o pe�a fundamental na discuss�o pol�tica. Eles s�o os agentes que constroem com seu esfor�o, com seu trabalho...”, explica.

A Universidade do Trabalhador vai usar a expertise do Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento, projeto sob a tutela, desde 2004, da Casa Civil, com cerca de 100 mil matr�culas. A ideia, por�m, � aumentar exponencialmente o atendimento na nova plataforma online de ensino, que ter� capacidade t�cnica de atender simultaneamente at� 250 mil pessoas e cerca de 1 milh�o de trabalhadores por dia.

“Vai ser um neg�cio grandioso”, garante o ministro. Discute-se, at� mesmo, uma internacionaliza��o do programa, que poderia ser acessado em pa�ses do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Venezuela.

O primeiro conv�nio foi firmado com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde o catarinense Manoel Dias concluiu o curso de Direito. Segundo o professor Jo�o Arthur de Souza, do Departamento de Engenharia e Gest�o do Conhecimento da UFSC, a universidade vai receber R$ 2,5 milh�es pelo contrato de dois anos, dinheiro que ser� usado para pagar bolsas a estudantes e contratar t�cnicos para o projeto. A equipe respons�vel pela defini��o dos novos cursos tem 30 a 40 alunos bolsistas e profissionais de v�rias �reas, como Psicologia, Pedagogia, Estat�stica, Computa��o, Letras, Economia, Sociologia e Administra��o.

Cursos sem partido. O professor da UFSC disse que os cursos ser�o “apartid�rios”, embora admita que abordar�o o contexto no qual est�o inseridas as tecnologias. “O trabalhador precisa entender o impacto do que ele est� fazendo na sociedade.” A pr�xima da fila ser� a Universidade de Bras�lia (UnB), que fechar� conv�nio com o governo ainda em 2013. Mais tr�s institui��es vir�o em 2014.

Na vis�o do ministro do Trabalho, a Pasta deve passar a desempenhar, em 2014, o papel de “intermediadora” na rela��o entre os trabalhadores e as empresas. “Hoje o mundo mudou, h� de ter mais negocia��o. Isso ajuda no crescimento, na gera��o de empregos. O trabalhador bem tratado produz mais, trabalha com mais prazer.”

De acordo com o especialista Jos� Pastore, professor de Rela��es do Trabalho da Faculdade de Economia e Administra��o (FEA) da Universidade de S�o Paulo (USP), a qualifica��o profissional �, de fato, uma quest�o crucial, mas ter como foco “politizar” os trabalhadores � uma medida “defasada”, que n�o resolve o problema da baixa produtividade do mercado de trabalho brasileiro.

“Uma economia globalizada exige compet�ncia, efici�ncia e produtividade. Muito mais conhecimento das tecnologias e do sistema de produ��o do que propriamente de ci�ncia pol�tica.” Para o professor, o foco deve estar na qualidade da educa��o b�sica. Ele conta que conhece um recrutador que faz testes de ditado com candidatos a vagas para profissionais com curso superior completo porque sempre tem os que s�o reprovados nessa fase.


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