Bras�lia – Criados h� mais de tr�s anos para cobrar das autoridades p�blicas mais investimentos e pol�ticas voltadas � melhoria de vida da popula��o, os 12 comit�s populares contra a realiza��o da Copa do Mundo de 2014 no Brasil espalhados pelas cidades sede do evento, que ajudaram a impulsionar inicialmente as ruas do pa�s em junho do ano passado, n�o conseguiram mobilizar mais do que 5 mil pessoas no �ltimo fim de semana. Em Bras�lia, por exemplo, foram menos de 100 participantes marchando pela W3. Apesar da baixa ades�o neste come�o de ano, os protestos preocupam novamente o governo brasileiro principalmente pela viol�ncia registrada em S�o Paulo, que teve pessoas feridas e carros incendiados. O Planalto teme a m� repercuss�o das cobran�as da sociedade, principalmente �s v�speras da elei��o presidencial, principalmente por conta da grande mobiliza��o desses grupos nas redes sociais.
“N�o s�o marginais ou baderneiros. � uma articula��o nacional preocupada com os gastos p�blicos e o impacto social da Copa”, avalia o soci�logo e cientista pol�tico Rud� Ricci. Segundo ele, os pol�ticos tiveram chance de se reunir para conversar com os integrantes do movimento, mas n�o o fizeram. “Tenho a impress�o de que o medo do governo de que as manifesta��es quebrem a normalidade do processo eleitoral levem ao confronto. O Planalto est� desesperado com essa amea�a no meio da uma disputa eleitoral”, afirma. Segundo ele, cerca de 12 mil fam�lias tiveram de deixar as suas casas para a execu��o de projetos da Copa.
A participa��o de black blocs nos atos n�o � vista com maus olhos pelos organizados das passeatas. Apesar de n�o integrarem os comit�s contra o evento, os adeptos do uso da viol�ncia durante os protestos s�o tidos como “os que reagem contra a viol�ncia policial”. Para o integrante do comit� anticopa de Belo Horizonte Rafael Bittencourt, 26 anos, formado em sociologia, h� “focos de viol�ncia” nas passeatas, mas isso n�o impede militantes pac�ficos de protestar. “Parte dessa viol�ncia � uma resposta � repress�o policial. O governo brasileiro teve tempo suficiente para contornar os impactos negativos do evento. Como n�o fizeram, existe um grande apelo negativo (por parte da popula��o). Isso pode culminar em grandes manifesta��es que podem impedir o megaevento”, acredita.
Baixa ades�o
Integrante do comit� contra a Copa na capital federal, o militante Vin�cius Lob�o, 29 anos, formado em comunica��o social, justifica que o movimento no s�bado foi prejudicado em Bras�lia por uma s�rie de motivos. Lob�o destaca a falta de campanhas este ano, as pessoas viajando durante as f�rias de janeiro e a realiza��o de um acampamento da juventude capitalista no Rio de Janeiro. Ele reafirma que os jovens v�o �s ruas porque s�o contr�rios aos lucros “astron�micos” para a Fifa e seus patrocinadores.