
No momento da pris�o de Pizzolato na casa do sobrinho Fernando Grando, em Maranello, os carabinieri encontraram cerca de uma dezena de documentos pessoais em seu nome e em nome de Celso, seu irm�o morto em 1978 em um acidente de carro. Um dos documentos era uma carteira de motorista emitida na Espanha. Foi com o nome de Celso que o ex-diretor do BB se identificou primeiro aos policiais e s� depois admitiu a verdadeira identidade.
Em uma entrevista coletiva de imprensa, o tenente-coronel Carlo Carrozo contou que cerca de 10 policiais, alguns � paisana, participaram da pris�o de Pizzolato, num apartamento na cidadezinha de Maranello, sede da Ferrari, onde trabalha o sobrinho que o acobertou, Fernando Grando. “Ele estava de jeans e camiseta. Aconteceu por volta das 11h30. Tocamos a campainha, a mulher atendeu. Pedimos documento. Ele inicialmente apresentou o documento falso. Depois, quando viu que foi pego, revelou sua identidade. N�o resistiu”, contou Carrozo.

O dono do supermercado que fica em frente � casa, o italiano Gaetano T.A, contradisse a pol�cia ao afirmar que Pizzolato era seu cliente h� pelo menos tr�s meses. “Ele vinha quase todo dia fazer compras. “Ele quase n�o falava. Comprava pasta, lasanha. Pagava com dinheiro vivo.” Gaetano disse que s� soube que Pizzolato era brasileiro quando saiu a not�cia no jornal local. Quando soube que o ex-diretor de marketing do BB era procurado no Brasil por um esc�ndalo de corrup��o, o dono do supermercado brincou: “S� roubou? Ah, ent�o fez bem…. n�o roubou a It�lia, n�o �?”.
TESTAMENTO O ex-presidente do BB est� agora numa cela com duas pessoas na penitenci�ria de Modena. Andrea Haas, sua mulher, que estava com ele no momento da pris�o, n�o � suspeita de crime de It�lia porque tinha seus documentos em ordem. Fernando Grando n�o responder� judicialmente porque a lei italiana veda a imputa��o de algu�m que agiu para proteger um parente direto.

Em 24 de abril de 2009, Pizzolato fez um testamento p�blico com um pedido para praticamente manter sua morte em segredo. Nele, diz para n�o se realizar “vel�rio, homenagens nem missa de s�timo dia”. Pede ainda que n�o seja feita “nenhuma divulga��o da sua morte, comunicado ou an�ncio de seu falecimento”. No testamento, lavrado no 19º Of�cio de Notas do Rio de Janeiro, Pizzolato deixa para a mulher a totalidade de seus bens, respeitada a parte legal que cabe ao seu pai, hoje com 85 anos. Ela ficar� tamb�m com a pens�o da suas aposentadorias, que somam em torno de R$ 20 mil. (Com ag�ncias)