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Estado de Minas

Pena italiana para Pizzolato � mais branda que a brasileira

Pizzolato pode ser condenado na It�lia a tr�s anos de cadeia por uso de documentos falsos. No Brasil, ele teria que cumprir quase 13 anos. Em audi�ncia hoje, defesa vai pedir liberdade


postado em 07/02/2014 00:12 / atualizado em 07/02/2014 07:16

Foto de Pizzolato feita pela polícia italiana após a prisão: abatido e mais velho, segundo seu advogado(foto: Jamil Chade/estadão Conteúdo)
Foto de Pizzolato feita pela pol�cia italiana ap�s a pris�o: abatido e mais velho, segundo seu advogado (foto: Jamil Chade/estad�o Conte�do)
Bras�lia – Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, condenado no esc�ndalo do mensal�o e foragido do Brasil desde novembro, foi preso na It�lia com documentos de tr�s pa�ses – Espanha, Brasil e It�lia – entre eles, muitos falsos, informaram ontem a pol�cia especial italiana em Modena, os carabinieri, e um representante da Interpol. Por causa dos documentos falsos, ele corre o risco de ser condenado a at� tr�s anos de pris�o na It�lia. Bem menos que a pena de 12 anos e sete meses que o Supremo Tribunal Federal (STF) imp�s a ele.

No momento da pris�o de Pizzolato na casa do sobrinho Fernando Grando, em Maranello, os carabinieri encontraram cerca de uma dezena de documentos pessoais em seu nome e em nome de Celso, seu irm�o morto em 1978 em um acidente de carro. Um dos documentos era uma carteira de motorista emitida na Espanha. Foi com o nome de Celso que o ex-diretor do BB se identificou primeiro aos policiais e s� depois admitiu a verdadeira identidade.

Em uma entrevista coletiva de imprensa, o tenente-coronel Carlo Carrozo contou que cerca de 10 policiais, alguns � paisana, participaram da pris�o de Pizzolato, num apartamento na cidadezinha de Maranello, sede da Ferrari, onde trabalha o sobrinho que o acobertou, Fernando Grando. “Ele estava de jeans e camiseta. Aconteceu por volta das 11h30. Tocamos a campainha, a mulher atendeu. Pedimos documento. Ele inicialmente apresentou o documento falso. Depois, quando viu que foi pego, revelou sua identidade. N�o resistiu”, contou Carrozo.

Fachada da casa onde Pizzolato foi preso(foto: Jamil Chade/estadão Conteúdo)
Fachada da casa onde Pizzolato foi preso (foto: Jamil Chade/estad�o Conte�do)
Pizzolato se mantinha trancado no apartamento havia uma semana, acreditam os policiais. Durante 24 horas, a pol�cia observou o movimento do apartamento. S� o sobrinho sa�a e voltava para o apartamento, do trabalho. Todas as janelas ficavam fechadas. Mas os policiais italianos pegaram Pizzolato provocando uma pane el�trica: “Desligamos a luz para provocar, e algu�m saiu do apartamento”, contou Carrozo.

O dono do supermercado que fica em frente � casa, o italiano Gaetano T.A, contradisse a pol�cia ao afirmar que Pizzolato era seu cliente h� pelo menos tr�s meses. “Ele vinha quase todo dia fazer compras. “Ele quase n�o falava. Comprava pasta, lasanha. Pagava com dinheiro vivo.” Gaetano disse que s� soube que Pizzolato era brasileiro quando saiu a not�cia no jornal local. Quando soube que o ex-diretor de marketing do BB era procurado no Brasil por um esc�ndalo de corrup��o, o dono do supermercado brincou: “S� roubou? Ah, ent�o fez bem…. n�o roubou a It�lia, n�o �?”.

TESTAMENTO
O ex-presidente do BB est� agora numa cela com duas pessoas na penitenci�ria de Modena. Andrea Haas, sua mulher, que estava com ele no momento da pris�o, n�o � suspeita de crime de It�lia porque tinha seus documentos em ordem. Fernando Grando n�o responder� judicialmente porque a lei italiana veda a imputa��o de algu�m que agiu para proteger um parente direto.


Fachada da penitenciária em Modena para onde o Pizzolato foi levado pelos carabinieri, a polícia italaina(foto: Jamil Chade/estadão Conteúdo)
Fachada da penitenci�ria em Modena para onde o Pizzolato foi levado pelos carabinieri, a pol�cia italaina (foto: Jamil Chade/estad�o Conte�do)


Em 24 de abril de 2009, Pizzolato fez um testamento p�blico com um pedido para praticamente manter sua morte em segredo. Nele, diz para n�o se realizar “vel�rio, homenagens nem missa de s�timo dia”. Pede ainda que n�o seja feita “nenhuma divulga��o da sua morte, comunicado ou an�ncio de seu falecimento”. No testamento, lavrado no 19º Of�cio de Notas do Rio de Janeiro, Pizzolato deixa para a mulher a totalidade de seus bens, respeitada a parte legal que cabe ao seu pai, hoje com 85 anos. Ela ficar� tamb�m com a pens�o da suas aposentadorias, que somam em torno de R$ 20 mil. (Com ag�ncias)

 


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