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Estado de Minas

Em Maranello, na It�lia, Pizzolato mantinha rotina discreta

O homem cordial, que costumava cumprimentar a todos que encontrava, jamais gerou qualquer suspeita na vizinhan�a


postado em 07/02/2014 09:37 / atualizado em 07/02/2014 11:02

Maranello - No per�odo em que passou na pequena cidade de Maranello, no norte da It�lia, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato adotou um estilo discreto, mas n�o recluso, segundo relatos de vizinhos. Todos os dias, exatamente no mesmo hor�rio, deixava a casa do sobrinho, cruzava a rua e entrava num mercado para comprar comida. Costumava caminhar pelas ruas da regi�o central relativamente tranquilo.

O homem cordial, que costumava cumprimentar a todos que encontrava, jamais gerou qualquer suspeita na vizinhan�a. Moradores ouvidos pelo Estado garantem que o brasileiro estava na cidade h� v�rios meses e sa�a diariamente de casa.

A vers�o contradiz a informa��o prestada nessa quinta-feira (6) pela Pol�cia de M�dena, de que Pizzolato estaria na cidade h� apenas uma semana. Conforme a pol�cia local, ele n�o sa�a de casa e mantinha todas as janelas fechadas durante todo o dia.

Segundo os policiais, ao entrarem na resid�ncia, o que chamou a aten��o foi a quantidade de comida estocada. “Era como se ele estivesse se preparando para ficar v�rios dias sem sair de casa”, contou Stefano Savo, comandante da Pol�cia de M�dena.

O certo era que o brasileiro ocupava um dos quartos do apartamento do sobrinho Fernando Grando, na via Vandelli - um sobrado de dois andares no n�mero 167, cujo valor do aluguel n�o chega a 800 por m�s.

O local � em um dos cruzamentos mais movimentados da pequena cidade, rodeado por lojas, restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos.

Gentil


O clima lembra uma t�pica cidadezinha do interior, onde vivem apenas 17 mil habitantes. Em Maranello, qualquer novo morador � comentado e notado. Para a cabeleireira Giorgia Vitali, que tem seu estabelecimento colado � casa do sobrinho de Pizzolato, o brasileiro j� estava na cidade “antes do Natal”. “Parecia ser uma pessoa gentil”, contou. “Ele saudava e eu saudava de volta. A �ltima vez que o vi faz j� algumas semanas”, disse Giorgia.

Moradores ouvidos pela reportagem disseram que levaram um susto com a opera��o da pol�cia no local. “Eu achava que isso s� ocorria em filmes”, disse Giordana Richieri. Ela tamb�m afirma que via Pizzolato “com frequ�ncia” andando pelas ruas.

Do outro lado do apartamento na via Vandelli, o empres�rio Gaetano, propriet�rio do mercado Sigma, contou que reconheceu quando viu a foto dele no jornal. “Logo entendi quem era a pessoa”, disse. “Ele vinha todos os dias pela manh�, por volta das dez horas. Comprava pasta, lasanha congelada, cerveja e pagava tudo em dinheiro”, disse o empres�rio, que pediu para n�o ter seu sobrenome revelado. “Agora que entendi que ele � um homem perigoso. Pessoalmente, parecia algu�m muito distinto, muito s�rio e que falava pouco”, comentou.

Gaetano tamb�m revelou que Pizzolato jamais ia ao supermercado com sua mulher e que era um dos poucos clientes que costumava aparecer tamb�m aos domingos.

Reclusos

Se antes da pris�o de Pizzolato a vida da fam�lia era relativamente tranquila, a casa se transformou em uma esp�cie de cativeiro desde a �ltima quarta-feira (5). A mulher de Pizzolato, Andrea Haas, mant�m todas as janelas fechadas e as luzes apagadas. Nessa quinta-feira (6), apenas apareceu na porta quanto um policial visitou a resid�ncia. Ela se recusou a falar pelo interfone com os jornalistas que faziam plant�o no local.

O sobrinho de Pizzolato, Fernando Grando, que � engenheiro da Ferrari - cuja sede est� localizada em Maranello - costumava ir caminhando para o trabalho ou de bicicleta. Nessa quinta-feira, entrou rapidamente depois de ter sido deixado por um carro na porta. Ele se recusou a atender aos jornalistas. Na garagem do sobrado, permanecia estacionado o Fiat vermelho comprado pela mulher de Pizzolato ainda na Espanha.

A Pol�cia Federal j� informou que vai investigar a participa��o da mulher e do sobrinho de Pizzolato na fuga do ex-diretor do Banco do Brasil para a It�lia. O petista fugiu em setembro de 2013 com passaporte falsificado em nome de um irm�o morto.


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