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Estado de Minas

Comiss�o Estadual da Verdade apresenta provas do assassinato de Rubens Paiva

A vers�o de que Paiva teria sido resgatado por guerrilheiros no Alto da Boa Vista e desaparecido na mata, foi descartada


postado em 07/02/2014 19:52

A Comiss�o Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-RJ) apresentou nesta sexta-feira documentos que comprovam que os �rg�os de repress�o do governo militar deram informa��es falsas sobre o caso do ex-deputado Rubens Paiva, dado como desaparecido em 20 de janeiro de 1971.

De acordo com o presidente da comiss�o, Wadih Damous, o coronel reformado Raymundo Ronaldo Campos, em depoimento � comiss�o em novembro, informou que a vers�o oficial de que Paiva foi resgatado por guerrilheiros no Alto da Boa Vista e desapareu na mata, n�o � verdade.

“O coronel Raymundo revela que lhe foi atribu�da a miss�o de montar esse cen�rio. O ent�o comandante do [Destacamento de Opera��es de Informa��es - Centro de Opera��es de Defesa Interna] DOI-Codi, o major [Francisco] Demiurgo [Santos Cardoso], determinou a ele que levasse o Volkswagen at� determinado ponto no Alto da Boa Vista e l� fizesse o que ele fez, com os dois sargentos que o acompanhavam: tentaram incendiar o carro com tiros de pistola, n�o conseguindo, riscaram um f�sforo e tacaram no tanque de combust�vel, o carro pegou fogo e explodiu. A partir da� montou-se a farsa que perdurou 43 anos”.

Segundo o depoimento de Campos, o ex-deputado teria sido morto sob tortura. “Essa farsa foi justificada pelo comandante, que interpelado pelo pr�prio coronel Raymundo, disse que era preciso montar aquela hist�ria porque um prisioneiro havia sido morto em interrogat�rio no DOI-Codi”, informou Damous.

No depoimento, consta que o coronel n�o viu Rubens Paiva em nenhum momento e s� soube o nome do preso pol�tico que havia morrido quando retornou da miss�o, sem ter recebido nenhum detalhe das condi��es da morte nem do destino do corpo.

Segundo o presidente da CEV-RJ, as conversas com o coronel Campos duraram dez meses, at� ele concordar em prestar um depoimento formal. As informa��es s� foram reveladas agora porque poderiam atrapalhar as investiga��es, al�m do coronel n�o ter autorizado, a princ�pio, a divulga��o das informa��es, mudando de ideia depois.

Damous diz que foram citadas pessoas ainda vivas, que poderiam esclarecer aonde est� o corpo de Rubens Paiva. “O coronel faz men��o, no seu depoimento, ao general reformado Jos� Ant�nio Nogueira Belham e ao ent�o tenente Armando Av�lio. O general Belham era comandante no DOI-Codi e, pelas informa��es que temos, estava em servi�o no dia do assassinato de Rubens Paiva, e o tenente Av�lio tamb�m � mencionado como o autor da per�cia no carro incendiado no Alto da Boa Vista, sob alega��o de que foi atacado por terroristas. Ent�o, nesse sentido, s�o duas pessoas chaves que podem esclarecer o que aconteceu com Rubens Paiva e aonde ele est� enterrado”.

A CEV-RJ pretende trocar informa��es com a Comiss�o Nacional da Verdade para verificar se Av�lio e Belham j� prestaram depoimento e se o caso Rubens Paiva foi tratado. A comiss�o tamb�m apresentou documentos do acervo do Sistema Nacional de Informa��o (SNI) do Arquivo Nacional que mostram que os filhos e a vi�va de Rubens Paiva foram monitorados at� pelo menos 1984, data do �ltimo documento encontrado.


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