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Estado de Minas

Campanha de Dilma planeja criar f�rum empresarial

A ideia de Dilma � reunir sugest�es dos mais diversos segmentos empresariais para tentar neutralizar as cr�ticas amplificadas pela oposi��o


postado em 16/02/2014 10:13

Pressionada por representantes da ind�stria e diante de um cen�rio econ�mico adverso, a presidente Dilma Rousseff quer criar um f�rum permanente de di�logo com empres�rios para a campanha da reelei��o.

A ideia de Dilma � reunir sugest�es dos mais diversos segmentos empresariais para tentar neutralizar as cr�ticas amplificadas pela oposi��o. O comando da campanha estuda at� a possibilidade de editar um documento espec�fico, no segundo semestre, estabelecendo compromissos da presidente para alavancar a ind�stria.

Nos bastidores do PT, o plano � chamado de vers�o 2.0 da Carta ao Povo Brasileiro, texto usado na campanha de Luiz In�cio Lula da Silva ao Planalto, em 2002, para acalmar o mercado.

Na semana em que Dilma foi obrigada a preencher a vaga de ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior com um interino, Mauro Borges Lemos, por n�o encontrar um empres�rio de renome que quisesse assumir o posto, coube a Lula fazer afagos a investidores internacionais, em Nova York. “Ningu�m deve ter medo de investir no Brasil”, disse ele.

O papel de atrair pesos pesados do PIB para a campanha de Dilma e do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, ser� protagonizado pelo ex-presidente. Ap�s assistir a uma romaria de industriais a seu escrit�rio, nos �ltimos meses, para reclamar do “intervencionismo” do governo na economia, Lula vestir� o figurino de “facilitador” da reaproxima��o.

A preocupa��o do governo e do PT � com a deteriora��o da imagem de Dilma em meio a uma crise de credibilidade. Nos �ltimos dias, os desafiantes da presidente - o senador A�cio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) - fizeram coro com as queixas dos industriais e atacaram o modelo econ�mico. Vacinas.

A estrat�gia do comit� petista consiste agora em p�r na vitrine as conquistas do per�odo Lula-Dilma, como o crescimento do emprego, e criar “vacinas” para impedir que os advers�rios colem na presidente o carimbo do descontrole e da falta de gerenciamento, na esteira dos protestos de rua e dos apuros na economia. Os atritos na rela��o de Dilma com os empres�rios foram respons�veis, na sexta-feira, pelo recuo do usineiro Maur�lio Biagi Filho no compromisso verbal assumido com o PT.


Rec�m-filiado ao PR, Biagi anunciou a desist�ncia de ser vice na chapa de Padilha. “� dif�cil ganhar a elei��o em S�o Paulo com o agroneg�cio ruim como est�”, afirmou Biagi. “O problema � causado pela pol�tica do governo federal e n�o adianta mais promessa. O governo tem de propor solu��o para o setor.” Biagi promoveu um jantar com representantes do agroneg�cio em sua casa em Ribeir�o Preto, no dia 7. Ali seria dada a largada festiva da campanha de Padilha, ex-ministro da Sa�de.

Diante de Lula e do candidato, por�m, o clima foi de constrangimento com as cr�ticas. Para o presidente da ind�stria de alimentos Moinho Pac�fico, Lawrence Pih, as garantias de Dilma n�o t�m surtido efeito porque o setor privado quer ver “a��es concretas”, com o objetivo de p�r fim � “desindustrializa��o”. “N�o adiantam s� palavras. O governo precisa sinalizar que vai intervir menos na economia. O atual modelo � ancorado no super�vit prim�rio, meta de infla��o e c�mbio flutuante, tr�s pilares hoje fr�geis.”

Pih liderou o comit� de empres�rios que apoiou Lula na vitoriosa campanha de 2002, mas se afastou do PT ap�s o esc�ndalo do mensal�o, em 2005. At� hoje, no entanto, ele defende o ex-presidente. “Lula � pragm�tico e tem capacidade de negociar. Ele pode n�o concordar, mas ouve. A presidente � uma economista keynesiana-socialista”, comparou Pih.

Na avalia��o do presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade, os empres�rios n�o podem reclamar de falta de interlocu��o. “� claro que gostar�amos que as coisas fossem mais r�pidas, mas h� muitas reformas, como a trabalhista e a tribut�ria, que dependem de mudan�as na lei. E o Congresso n�o � f�cil.”

Andrade tamb�m v� entraves nas exig�ncias do Tribunal de Contas e do Minist�rio P�blico para a libera��o de obras. “Temos de ser parceiros do governo para discutir a quest�o do c�mbio, dos juros e do cr�dito”, argumentou. “N�o adianta ficar chorando.”


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