Rio - Depois de denunciarem � Justi�a, na semana passada, seis envolvidos na explos�o da bomba do Riocentro, em 1981, procuradores do Minist�rio P�blico Federal (MPF) do Rio de Janeiro disseram nessa segunda-feira que as investiga��es continuam e que poder�o oferecer o benef�cio da dela��o premiada (chamada por eles de contribui��o premiada) para pessoas que ofere�am novas informa��es sobre o caso. Os procuradores est�o em busca da identidade de tr�s militares: dois deles tinham planos de continuar a praticar atentados semelhantes ao do Riocentro, com o
objetivo de deter processo de abertura, e o terceiro, de codinome Dr. Luiz, teria amea�ado a fam�lia do sargento Guilherme do Ros�rio, que carregava a bomba e morreu no atentado.Os procuradores sustentam que n�o houve prescri��o dos crimes, por se tratarem de "a��es de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democr�tico" e que outros crimes, como fraude processual e favorecimento pessoal, tamb�m s�o imprescrit�veis. No caso dos denunciados idosos, como o general reformado Newton Cruz, chefe da Ag�ncia Central do Servi�o Nacional de Informa��es (SNI), de 89 anos, o procurador Antonio Cabral disse que foi pedido que o processo seja agilizado, inclusive para que o depoimento � Justi�a seja prestado o mais r�pido poss�vel.
Al�m de Newton Cruz, foram denunciados pelos crimes de homic�dio doloso duplamente qualificado o general reformado Nilton Cerqueira, na �poca comandante da Pol�cia Militar do Rio, o ex-delegado Claudio Guerra e o capit�o Wilson Machado, que estava com o sargento Ros�rio no Puma onde a bomba explodiu, no estacionamento do Riocentro. O MPF pediu penas de 36 anos para Guerra, Cerqueira e Machado e de 36 anos e seis meses para Cruz. O general reformado Edson S� Rocha foi denunciado por associa��o criminosa armada, com pedido de pena de 2 anos e seis meses. O major reformado Divany Carvalho Barros � acusado de fraude processual, com pena de um ano. Divany confessou aos procuradores ter ido ao local do acidente, depois da explos�o, para recolher provas. S� Rocha recusou-se a falar, mas � acusado de ter tramado um atentado no Riocentro um ano antes, em a��o que acabou abortada por ordens superiores.