
Desde a d�cada de 1980 sendo tratada apenas de forma te�rica pela sociedade civil e pelos movimentos sociais no Brasil, a legaliza��o da maconha se transforma de fato em objeto legislativo no Congresso. Com 20 mil votos de apoio na internet, uma sugest�o de lei que pede a legaliza��o dos usos recreativo, medicinal e industrial da erva foi acolhida pelo Senado. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) tem a miss�o de analisar a proposta e dar um parecer sobre a transforma��o do tema em projeto de lei. Al�m de ouvir especialistas, o parlamentar chamar� audi�ncias p�blicas para a constru��o da proposta, que deve sair do forno at� fim deste semestre.
Cristovam foi nomeado relator pela Comiss�o de Direitos Humanos e Legisla��o Participativa (CDH) na �ltima quarta-feira. Apesar de n�o esperar pela fun��o, assumiu a tarefa. “N�o pedi por isso, n�o fui consultado. Pessoalmente, n�o est� entre os temas do meu interesse. Mas, como se trata de algo da atualidade, cujo debate n�o pode mais ser adiado, vou me aprofundar e pesquisar o assunto”, afirma.
Para alcan�ar o n�mero de apoiadores necess�rio, militantes da Marcha da Maconha se mobilizaram via redes sociais. Em Bras�lia, um dos respons�veis pela divulga��o da enquete foi o ativista Marcello Souza, 40 anos. “Esses 20 mil votos foram conseguidos com essa articula��o. Usamos Facebook, listas de e-mails e outros canais para mobilizar os grupos de apoio”, afirmou. A Marcha da Maconha acontece em v�rias cidades do pa�s desde 2002. Na capital federal, os militantes saem �s ruas desde 2008. Geralmente a manifesta��o ocorre em maio ou em junho. No ano passado, mais de quatro mil pessoas se reuniram na Esplanada dos Minist�rios. Depois que o Uruguai promulgou lei para a produ��o e a comercializa��o da erva no pa�s, em dezembro do ano passado, outras manifesta��es � favor do entorpecente surgiram pelas capitais brasileiras.