A crise deflagrada entre a base aliada no Congresso Nacional e o Pal�cio do Planalto ainda n�o compromete as costuras para a campanha de reelei��o da presidente Dilma Rousseff, na avalia��o de l�deres partid�rios ouvidos pela Ag�ncia Estado. Apesar de haver um descontentamento generalizado com a articula��o pol�tica de Dilma, a rebeli�o ainda n�o � suficiente para fomentar um movimento "Volta Lula". "N�o estou vendo isso (mobiliza��o pedindo a candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � Presid�ncia da Rep�blica), n�o estou sentindo isso. E a Dilma tem uma boa avalia��o", resumiu o presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Censurados pelo pr�prio Lula, os petistas evitam at� tocar no assunto. "O ajuizado � falar que isso (movimento) n�o prospera", resumiu um cacique do partido. A leitura geral � que enquanto a presidente Dilma sustentar �ndices elevados de aprova��o popular, n�o h� motivo para questionar sua candidatura � reelei��o. "Ela tem s� que melhorar a articula��o pol�tica", opinou o l�der do PROS na C�mara, Givaldo Carimb�o (AL).
Os l�deres garantem que nas �ltimas conversas que tiveram com o Planalto n�o foi questionada a candidatura de Dilma. "Nem discutimos isso, ela (Dilma) � a candidata. N�s tivemos uma DR (discuss�o de rela��o) justamente porque temos uma rela��o. E todo casamento tem DR", afirmou o l�der do PP, Eduardo da Fonte (PE).
Num tom apaziguador, as lideran�as dizem que o governo "tem tudo para melhorar a rela��o com o Parlamento", principalmente se levar em considera��o que assuntos espinhosos podem ser aprovados no plen�rio. Prova disso � o requerimento em pauta de cria��o de uma comiss�o externa para acompanhar as investiga��es do suposto esquema de pagamento de propina da holandesa SBM Offshore a funcion�rios e intermedi�rios da Petrobras em neg�cios envolvendo fretamento de plataformas. Apresentado pelo DEM, o requerimento ganhou o apoio do "bloc�o" e permanece como primeiro item da pauta de vota��es ap�s o retorno do Carnaval.
Os l�deres lembram que o governo precisa "correr" para voltar a ter uma rela��o harmoniosa com o Congresso e n�o descartam a possibilidade do movimento "Volta Lula" ressurgir se a situa��o deteriorar muito. "Eventualmente, se essa crise se aprofundar, pode acontecer", previu Figueiredo.