Pez�o defende aliados suspeitos de receber propina

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o, pr�-candidato do PMDB na sucess�o estadual, defendeu dois aliados suspeitos de terem recebido propina da empreiteira Camargo Corr�a ap�s o Estado renovar a concess�o do metr�.

De acordo reportagem publicada pela revista �poca nesta semana, baseada em investiga��o da Pol�cia Federal, o secret�rio de Governo do Rio, Wilson Carlos Carvalho, e Carlos Emanuel Miranda ex-s�cio do governador S�rgio Cabral Filho (PMDB), teriam recebido R$ 2 milh�es em propina da construtora, valor que corresponde a 5% de um contrato de R$ 40 milh�es. Os dois negam as acusa��es.

"Isso j� tinha sa�do h� tr�s anos, � coisa antiga. J� foi tudo arquivado. � estranho", disse Pez�o em entrevista no segundo dia de desfiles no samb�dromo do Rio.

Segundo a reportagem, a propina teria sido paga em 2008 depois que a Opportrans, ent�o controladora do metr� do Rio, quitou d�vida do governo com a empreiteira. O pagamento da d�vida teria feito parte de um acordo para que a concess�o fosse ampliada, sem concess�o, at� 2038. De acordo com a revista, a Camargo Corr�a informou que o acordo com a Opportrans e o Estado foi homologado pela Justi�a.

Carvalho � secret�rio de Governo h� sete anos e coordenou as �ltimas campanhas de Cabral. Miranda era s�cio do governador na SCF Comunica��o e Participa��es at� setembro de 2013, quando a empresa foi extinta. De acordo com a PF, os dois aparecem como benefici�rios de pagamentos suspeitos no Brasil e no exterior. No in�cio da gest�o Cabral, em 2007, a Metr� Rio contratou o escrit�rio Coelho, Ancelmo & Dourado Advogados, do qual era s�cia a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo. Em 2010, a Camargo Corr�a foi a principal doadora na reelei��o de Cabral, com R$ 1 milh�o.

Pez�o acompanhou os dois dias de desfiles do grupo especial ao lado do governador e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que n�o deram entrevista. No domingo, Paes recebeu no camarote o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, convidado pelo vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT). Aliado desde 2007 no Estado, o partido rompeu com o Cabral e deixou o governo para lan�ar como candidato na sucess�o estadual o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

"Conversamos apenas amenidades, porque ele (Falc�o) tem candidato e a gente tamb�m. At� junho ainda tem muita �gua para rolar. Vou ganhar no primeiro turno", disse Pez�o. O presidente do PT evitou o confronto. "Vamos apoiar o PMDB mais do que ele nos apoia nos Estados", disse.