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Estado de Minas

Dilma e Temer se re�nem para fazer acordo entre PMDB e PT

Depois da troca de ataques entre Eduardo Cunha, pelo PMDB, e Rui Falc�o, pelo PT, Planalto isola peemedebista de encontro para discutir reforma ministerial e elei��o


postado em 10/03/2014 00:12 / atualizado em 10/03/2014 07:39

Grasielle Castro e
Paulo de Tarso Lyra

Dilma retornou a Brasília no início da tarde para o encontro com o PMDB, após descanso durante o carnaval, na Bahia (foto: Sérgio Lima/Folhapress)
Dilma retornou a Bras�lia no in�cio da tarde para o encontro com o PMDB, ap�s descanso durante o carnaval, na Bahia (foto: S�rgio Lima/Folhapress)
Bras�lia – A presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, anteciparam nesse domingo o retorno de viagens � Bahia e ao interior de S�o Paulo, respectivamente, para alinhavar um acordo que colocasse PMDB, PT e Planalto em um mesmo tom, depois do descompasso das �ltimas semanas – a crise chegou � troca de acusa��es e ofensas entre o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), e o presidente petista, Rui Falc�o. As reuni�es em s�rie, no entanto, ampliaram a irrita��o
Antes de se encontrar com Dilma, Temer conversou com os presidentes do Senado e da Câmara sobre a crise entre as legendas(foto: Sérgio Lima/Folhapress)
Antes de se encontrar com Dilma, Temer conversou com os presidentes do Senado e da C�mara sobre a crise entre as legendas (foto: S�rgio Lima/Folhapress)
da bancada de deputados peemedebistas, que pleiteavam a participa��o do parlamentar fluminense e do presidente em exerc�cio da legenda, Valdir Raupp, das costuras ministeriais e eleitorais. Nesta segunda-feira, outras duas reuni�es de emerg�ncia devem ocorrer no Pal�cio do Planalto.

O dia de reuni�es come�ou ainda no voo que trouxe Temer a Bras�lia. Antes de embarcar, ele tentou amenizar a crise. “N�o � A nem B ou C, nem sou eu quem vai dizer se o partido vai para um lado ou para outro. � a conven��o nacional que decide para onde vai o PMDB”, disse. Na aeronave, ele acertou com Raupp o tom a ser adotado com a presidente. �s 18h15, o vice-presidente entrou no Pal�cio da Alvorada para o encontro com Dilma.

Ao todo, foram duas horas de reuni�o, que tamb�m contou com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ela se colocou a disposi��o do PMDB para acertar uma sa�da para os impasses nas alian�as regionais, mas cobrou do PMDB que controle a rebeli�o na C�mara at� a volta da viagem ao Chile para a posse de Michele Bachelet – o retorno est� programado para a quarta-feira, mas pode ser antecipado. Ela ainda acenou com uma nova reuni�o at� o fim da semana, para tratar da reforma ministerial.

DE FORA Nesta segunda-feira, a presidente ter� reuni�es com Raupp e os presidentes da C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador Eun�cio Oliveira (PMDB-CE). Al�m de mais um minist�rio para os peemedebistas, os maiores conflitos entre PT e PMDB est�o na defini��o de palanques de cinco estados: Rio de Janeiro, S�o Paulo, Cear�, Paran� e Rio Grande do Sul. A movimenta��o de Dilma, no entanto, mostra que o Planalto segue com a estrat�gia de isolar Eduardo Cunha de qualquer decis�o referente � reforma ou �s composi��es estaduais.

A guerra entre Cunha e o Planalto azedou de vez desde o fim de janeiro, quando a presidente sugeriu que um senador peemedebista ficasse � frente de um minist�rio comandado por um peemedebista da C�mara — a oferta do Minist�rio do Turismo a Vital do Rego (PB) foi repetida ontem. Os deputados, que j� estavam insatisfeitos, entenderam que perderiam mais espa�o no governo. Cunha, reuniu outros descontentes com as rela��es com o Planalto e criou o bloc�o para marcar posi��o na Casa.

REVOLTA Os rebeldes do PMDB questionam a autonomia do partido dentro do governo. O fato de a presidente ter escolhido apenas o vice-presidente, Michel Temer, como interlocutor do partido desanimou os parlamentares. A desconfian�a � de que, ao discutir apenas com Temer, a presidente tenha mais facilidade para colocar panos quentes na situa��o.
Por isso, a tentativa do Planalto de isolar Eduardo Cunha deve ter um teste de fogo na C�mara dos Deputados logo na sess�o de amanh�. Parlamentares do bloc�o prometem aprovar a cria��o de uma comiss�o especial para investigar as den�ncias de recebimento de propinas por funcion�rios da Petrobras na Holanda. Al�m disso, ainda est� marcada a vota��o do texto-base do Marco Civil da Internet.

Vota��o
fatiada do Marco Civil

Bras�lia – Sem conseguir conter a revolta do PMDB, o governo pode come�ar a colher os frutos desses atritos com mais uma derrota nas vota��es da C�mara dos Deputados. A expectativa � que os mais de 200 parlamentares que aderiram ao bloc�o — grupo de insatisfeitos com as rela��es com o Planalto — sigam o l�der peemedebista, Eduardo Cunha (RJ), na vota��o do Marco Civil da Internet. O PMDB � o partido que mais tem resist�ncias ao projeto. O principal ponto de tens�o � a neutralidade da rede, defendida pelo Planalto e duramente criticada pelo partido aliado. O governo defende que a regra atual garante aos internautas acesso irrestrito rede, sem diferenciar a velocidade de conex�o de acordo com o tipo de conte�do. J� o PMDB alega que o item fere a liberdade das empresas e usu�rios.

A proposta est� na pauta da Casa desta semana. A estrat�gia do governo � colocar o texto-base para aprecia��o e deixar os destaques para an�lise posterior. A ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, tem defendido que, se n�o houver consenso, a mat�ria deve ser decidida no voto. Inicialmente, o objetivo da ministra poderia ser favor�vel ao governo, que, at� a rebeli�o ser deflagrada, tinha o apoio da maioria das legendas para emplacar o projeto.

Encarado como uma resposta as den�ncias de espionagem, o texto foi aperfei�oado e desde o �ltimo trimestre do ano passado o governo negocia com as legendas para votar a mat�ria. O Planalto quer aprovar o projeto antes de abril, quando ocorre uma confer�ncia internacional sobre governan�a na internet em S�o Paulo. (GC)


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