Su��a rejeita recurso de Robson Marinho

S�o Paulo - O Tribunal de Bellinzona, na Su��a, rejeitou recurso do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado, que pretendia impedir o envio para o Brasil de toda a documenta��o relativa � sua movimenta��o financeira naquele pa�s. Marinho pode recorrer da decis�o perante o Tribunal Federal da Su��a.

A informa��o sobre o indeferimento do recurso foi transmitida para autoridades brasileiras que investigam o ex-chefe da Casa Civil do governo M�rio Covas (PSDB) por suspeita de recebimento de propinas do caso Alstom - corrup��o na �rea de energia do governo de S�o Paulo, entre 1998 e 2002.

Em 2010, a Justi�a de S�o Paulo decretou o bloqueio de ativos do conselheiro no exterior. Na Su��a, a medida j� estava em vigor - em 6 de julho de 2009, o Office F�d�ral de la Justice, em resposta ao Minist�rio da Justi�a, confirmou que Marinho possui valores patrimoniais embargados em Genebra.

Numa conta no Credit Lyonnais Suisse o saldo � de US$ 1,1 milh�o. Mas os investigadores brasileiros suspeitam de que o conselheiro manteria quantia muito superior no sistema financeiro de Genebra. Ele n�o � o �nico r�u no processo da Su��a. Outro brasileiro, Jorge Fagalli, est� com US$ 7,5 milh�es bloqueados e tamb�m recorreu.

No recurso para vetar a remessa da documenta��o banc�ria, advogados de Marinho alegaram cercamento de defesa, ofensa � ordem p�blica su��a e falta de sustenta��o legal para a coopera��o com procuradores no Brasil. Pessoas pr�ximas de Marinho argumentam que o recurso rejeitado por Bellinzona se refere “a um corr�u”. Mas admitem que a situa��o do conselheiro � a mesma. Se Marinho perder no Tribunal Federal, os seus dados financeiros ser�o encaminhados para duas inst�ncias judiciais no Brasil, a 6.ª Vara Criminal Federal e a 13.ª Vara da Fazenda.

Pagador

A Su��a investiga o pagador de Marinho. O Minist�rio P�blico da Confedera��o pede ao Brasil interrogat�rio do empres�rio Sabino Indelicato, que fez oito dep�sitos na conta secreta do conselheiro no Cr�dit Lyonnais, somando US$ 953,69 mil, entre 1998 e 2005.

Foi aberto processo de investiga��o de pol�cia judici�ria “por suspeitas de lavagem de dinheiro agravada, assim como por corrup��o de agentes p�blicos estrangeiros”.

Advogada de Indelicato, Dora Cavalcanti informa que n�o tem conhecimento oficial da documenta��o da Su��a que cita seu cliente. Ela afirma que Indelicato e Marinho s�o amigos h� mais de 30 anos e s�cios em empreendimentos imobili�rios na regi�o de S�o Jos� dos Campos (SP).