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Estado de Minas

Promotor da Bol�via pede ref�gio provis�rio ao Brasil


postado em 12/03/2014 20:31 / atualizado em 12/03/2014 20:54

O promotor de Justi�a da Bol�via Marcelo Ricardo Soza Alvarez pediu ref�gio provis�rio ao Brasil ap�s deixar seu pa�s sob alega��o de persegui��o pol�tica do presidente Evo Morales. A embaixada brasileira em La Paz e a Pol�cia Federal brasileira confirmaram � reportagem que Soza ingressou no Brasil na ter�a-feira (12) pela cidade de Assis Brasil, no interior do Acre. O destino final foi Bras�lia.

O pedido de ref�gio ser� analisado pela Comiss�o Nacional de Refugiados (Conare), �rg�o vinculado ao Minist�rio da Justi�a, e significa uma nova saia justa para o governo brasileiro que tem Evo Morales como aliado. Al�m dele, um dos l�deres da oposi��o na Bol�via, o senador Roger Pinto Molina, tamb�m pediu asilo ao Brasil no ano passado, mas ainda n�o teve resposta.

A imprensa da Bol�via informou que Evo Morales, ao saber da fuga, classificou o promotor como "corrupto e delinquente confesso". Ele teria afirmado: "Marcelo Soza � um corrupto e um delinquente confesso, mas esta nas m�os da Justi�a. Se algu�m n�o tem nada a temer deve se defender e n�o escapar."

Soza se tornou um desafeto do presidente boliviano ap�s se insurgir a ordens como registrou em carta divulgada ao deixar o pa�s. "Autoridades do governo me pediram que colaborasse para seus fins pol�ticos, para lograr certos resultados. Tamb�m me pediram que inclu�ssem em investiga��es l�deres da oposi��o mesmo sem ter provas e, por outro lado, se mostravam complacentes com outras autoridades da oposi��o com quem tinham algum acordo", escreveu na carta registrada. Ele afirma, ainda, ser o 747º boliviano a pedir ref�gio a outro pa�s na gest�o Evo Morales e de ter tomado a "decis�o mais dif�cil de sua vida".

Marcelo Soza era at� mar�o do ano passado o respons�vel pela investiga��o de uma suposta conspira��o para matar o presidente da Bol�via. O epis�dio, ocorrido em 16 de abril de 2009, resultou na morte, pelas for�as de seguran�a daquela pa�s, de tr�s cidad�os europeus que estavam num quarto do Hotel Las Am�ricas, em Santa Cruz de la Sierra. Na vers�o oficial, a pol�cia teria descoberto o plano e se antecipado.

O promotor, contudo, que havia sido escalado a dedo para conduzir as investiga��es em acordo com o governo, divergiu do encaminhamento dado ao caso e passou a questionar a forma como os europeus foram mortos. Um v�deo revelado pela imprensa na Bol�via mostrou que, na verdade, eles podem ter sido executados pela pol�cia, pois estavam com as m�os amarradas. Ou seja, a conspira��o seria uma farsa montada pelo governo para atingir politicamente os l�deres da oposi��o de Santa Cruz - departamento mais rico da Bol�via - e garantir apoio popular para Morales.

Assim como outros opositores de Evo Morales, Soza passou a responder a processos judiciais ap�s discordar do presidente nesse e em outros epis�dios e teve o pedido de pris�o decretado no pa�s. A oposi��o divulgou grava��es na qual ele supostamente fazia revela��es sobre corrup��o no sistema judici�rio boliviano e fotos com advogados que foram presos por pertencer a uma rede de extors�o. A Procuradoria Geral tamb�m instaurou processo por descumprimento de deveres por considerar que as investiga��es sobre a conspira��o n�o avan�aram satisfatoriamente quatro anos depois.

Inicialmente, a PF concedeu prazo de 120 dias para Soza permanecer no Pa�s, tempo que pode ser renovado. Soza deve se reunir, em Bras�lia, na quinta-feira (13) com o advogado Fernando Tib�rcio, que tamb�m defende o senador Roger Pinto Molina. O pol�tico fugiu para o Brasil no ano passado tamb�m acusando o governo Evo Morales de persegui��o.


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