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Estado de Minas

Esquema dos "An�es do Or�amento" manipulava emendas


postado em 14/03/2014 06:00 / atualizado em 14/03/2014 08:09

Bertha Maakaroun

Descobertos em outubro de 1993 a partir de den�ncias do economista Jos� Carlos Alves dos Santos , os “an�es do Or�amento” eram parlamentares de baixa estatura – da� a alcunha – que manipulavam emendas ao Or�amento da Uni�o para desviarem recursos p�blicos, por meio de dois esquemas: a destina��o de dinheiro a entidades filantr�picas ligadas a parentes ou a laranjas dos deputados e acertos com empreiteiras para a inclus�o de projetos de grandes obras, em troca de generosas propinas. As revela��es de Jos� Carlos Alves dos Santos, � �poca chefe da assessoria t�cnica da Comiss�o do Or�amento do Congresso e que era integrante da quadrilha, levaram � instala��o de uma comiss�o parlamentar de inqu�rito, que elucidou os esquemas de propinas montado por deputados que operavam no colegiado.

  Jos� Carlos Alves dos Santos fez a den�ncia depois de ter sido acusado de tramar a morte de sua mulher, Ana Elizabeth Lofrano, assassinada em novembro de 1992 a golpes de pedra e picareta. Ela amea�ava delatar as fraudes. A situa��o de Jos� Carlos se complicou depois que foram presos dois de seus c�mplices, que identificaram o local em que foi enterrado o corpo. Segundo eles, o marido teria presenciado o crime. Em sua defesa, Jos� Carlos acusou os ent�o deputados Jo�o Alves e Ricardo Fi�za como os verdadeiros mandantes do assassinato de sua mulher. Na cadeia, ele tentou o suic�dio.

Ap�s a instala��o da CPI, a primeira da hist�ria em que os deputados investigaram os pr�prios pares, v�rios parlamentares foram cassados e outros renunciaram. O esquema era comandado pelo deputado baiano Jo�o Alves. O parlamentar justificou o seu enriquecimento – tinha movimenta��o financeira 300 vezes maior do que aquela compat�vel com seu sal�rio de congressista – afirmando que teria ganhado 56 vezes na loteria s� em 1993.

Envolvidos no caso, foram cassados pela C�mara dos Deputados Jos� Geraldo Ribeiro, que fundou tr�s entidades beneficiadas com recursos da Uni�o situadas nos mesmos locais onde funcionavam as suas empresas. Tamb�m foi cassada, em 1994, Raquel C�ndido, acusada de se apropriar de US$ 800 mil que seriam destinados para a��es sociais. Renunciaram para evitar a cassa��o Genebaldo Correia, que era o l�der do PMDB na C�mara, e integrava o n�cleo de poder da comiss�o, entre 1986 e 1991, al�m de Manoel Moreira, cuja ex-mulher, Marinalva Soares da Silva, dep�s na CPI revelando detalhes do esquema do qual ele fazia parte.

O caso fez tamb�m v�timas. O ent�o presidente da C�mara, Ibsen Pinheiro (PMDB), que presidira a sess�o de cassa��o de Fernando Collor de Mello e era cotado para concorrer � Presid�ncia da Rep�blica, foi uma delas. Anos depois, foi comprovado que a movimenta��o financeira supostamente suspeita de Ibsen Pinheiro era de US$ 1 mil e n�o US$ 1 milh�o. Ele foi inocentado na Justi�a.


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