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Estado de Minas

Militar revela a��o para sumir com corpo de Rubens Paiva


postado em 21/03/2014 08:01 / atualizado em 21/03/2014 08:13

S�o Paulo - A exist�ncia de uma opera��o montada especialmente para desaparecer com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, morto sob tortura em depend�ncias do Ex�rcito em 1971, foi confirmada pelo coronel reformado Paulo Malh�es. Em depoimento ao jornal carioca O Dia, o militar admitiu que foi um dos chefes do grupo que procurou e localizou o corpo, enterrado na areia, na Praia do Recreio dos Bandeirantes.

Malh�es, que tem 76 anos, foi um dos mais ativos oficiais do Centro de Informa��es do Ex�rcito (CIE), na d�cada de 70. O fato de admitir, pela primeira vez, a a��o destinada a dar sumi�o no corpo do deputado cassado em 1964 repercutiu na Comiss�o Nacional da Verdade, que vai convoc�-lo para depor nos pr�ximos dias.

Pelo que se apurou at� agora, um grupo de militares prendeu o ex-deputado em 20 de janeiro de 1971. No dia seguinte, ap�s ter sido torturado, ele morreu nas depend�ncias do Destacamento de Opera��es de Informa��es (DOI). Ainda na noite daquele dia foi montada uma farsa, na tentativa de mostrar que o deputado havia fugido com o apoio de um grupo de terroristas, ap�s um tiroteio na �rea do Alto da Boa Vista. Segundo Malh�es, o corpo foi enterrado inicialmente naquela mesma �rea. Mas teve de ser desenterrado por causa das obras de uma avenida. Os militares temiam que acabassem revelando o local dos restos mortais.

“A�, tiraram o cara e levaram para o Recreio e enterraram na areia”, disse o coronel. Mais tarde, diante da amea�a de alguns agentes do DOI tornarem o caso p�blico, o Ex�rcito teria optado por uma solu��o final. “Recebi a miss�o para resolver o problema, que n�o seria enterrar de novo”, informou Malh�es. Ele n�o revelou, por�m, qual foi o destino dado aos restos mortais. “Pode ser que tenha ido para o mar. Pode ser que tenha ido para um rio.” O militar contou que recebeu a miss�o do gabinete do ministro do Ex�rcito do governo Em�lio Garrastazu M�dici. O titular da pasta era o general Orlando Geisel, irm�o do futuro presidente Ernesto Geisel (1974-1979).


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