
"De todas as leituras e as vezes que vi o ex-presidente da Petrobras (S�rgio Gabrielli), eu n�o o ouvi dizendo que foi um excelente neg�cio. O que ele disse � que na �poca foi considerado um bom neg�cio", afirmou, em audi�ncia p�blica a duas comiss�es do Senado.
A presidente da estatal ressaltou que, como engenheira, � "mais f�cil" tomar decis�es tendo todas as cartas sobre a mesa. "N�s hoje n�o encaminhar�amos a compra da refinaria se tiv�ssemos todos esses dados sobre a mesa", disse, ao citar que a diretoria da empresa n�o tinha a seu dispor as cl�usulas Put Option e Marlim. Segundo ela, se o neg�cio fosse hoje, a atual diretoria n�o aprovaria a opera��o.
Baixa de US$ 500 milh�es
A diferen�a de valores na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras gerou uma baixa de US$ 500 milh�es em impairment, termo cont�bil para perda na recupera��o de ativos. "� um projeto (Pasadena) que n�s tivemos de baixar do resultado US$ 500 milh�es a t�tulo de impairment", afirmou a presidente da Petrobras.
Gra�a disse que a estatal pagou pela refinaria ao todo US$ 885 milh�es. Fora esse valor, s�o juros e honor�rios advocat�cios do per�odo em que a Petrobras brigou na Justi�a com a Astra Oil para ter 100% da refinaria. "Com o acordo extrajudicial pela compra dos 50% restantes, a Petrobras pagou no total, US$ 1,25 bilh�o", citou.
Conforme comiss�o de apura��o interna da estatal, a empresa belga pagou pelo menos US$ 360 milh�es pela opera��o, e n�o apenas US$ 42,5 milh�es. A presidente da Petrobras reconheceu que o neg�cio garantiu at� o momento um baixo retorno para o capital investido. "Foi um bom projeto no in�cio que se transformou num projeto de baixa possibilidade de retorno", afirmou.
Segundo ela, j� est�o reconhecidas perdas da ordem de US$ 530 milh�es com a refinaria dos Estados Unidos. Mas ela destacou que Pasadena opera hoje com seguran�a.
A executiva citou ainda que a d�vida bruta da estatal � de US$ 268 bilh�es. A forte deprecia��o do real, afirmou, prejudicou os pre�os internacionais da venda de petr�leo, o que fez com que fosse diminu�da a receita da estatal nos �ltimos anos.