
A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, considerou nesta quarta-feira que n�o tinha conhecimento para "precisar sobre a necessidade ou n�o" da cria��o de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito para investigar a estatal no Congresso.
"Como cidad� eu n�o tenho nenhum coment�rio a fazer, n�o posso comentar. N�o tenho conhecimento dos senhores para precisar sobre a necessidade ou n�o. Como presidente da Petrobras tenho dever de atend�-los, comparecer, atender a todos voc�s", afirmou a presidente da estatal, que participa hoje de audi�ncia na C�mara dos Deputados.
O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) marcou para a pr�xima ter�a-feira uma reuni�o com os l�deres do Senado e da C�mara para discutir um cronograma de instala��o da CPI mista da Petrobras. O senador tamb�m confirmou a disposi��o de recorrer da decis�o da ministra do STF Rosa Weber que determinou a instala��o da investiga��o exclusiva da estatal no Senado.
Na audi�ncia, Gra�a voltou a afirmar que a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, "n�o foi um bom neg�cio". Ela ressaltou por diversas vezes, entretanto, que essa an�lise de um "mau neg�cio" � feita apenas com os dados atuais e que na �poca a estatal fez um projeto "muito razo�vel".
"Naquele momento (compra de Pasadena) a Petrobras fez um projeto muito razo�vel do ponto de vista econ�mico. No conjunto da an�lise n�o foi um bom neg�cio, mas na �poca foi um neg�cio potencialmente bom", afirmou a presidente da estatal, que participa de audi�ncia na C�mara dos Deputados.
Segundo ela, n�o h� previs�o de novos investimentos na refinaria situada nos EUA por parte da Petrobras. "Reverter preju�zos em Pasadena n�o � hoje a prioridade da Petrobras. Mais investimentos em Pasadena dependem de v�rias situa��es.
Gra�a tamb�m falou sobre a perman�ncia de Nestor Cerver� (ex-diretor da �rea internacional da Petrobr�s, respons�vel pelo resumo t�cnico que embasou a compra de Pasadena) na estatal. Segundo ela, n�o poderia opinar sobre o tema. "N�o posso responder porque Cever� n�o foi demitido. N�o fazia parte do conselho � �poca".
Bate-boca
A audi�ncia p�blica virou um campo de batalha pol�tica entre a oposi��o e deputados fi�is ao Pal�cio do Planalto. Enquanto os tucanos bombardearam Gra�a com perguntas sobre a transa��o, que gerou um preju�zo bilion�rio � estatal, petistas tentam blindar a convidada da reuni�o.
Deputados do PT levantaram por diversas vezes quest�es de ordem lembrando que, pelo regimento, Gra�a n�o tinha a obriga��o de responder perguntas sobre temas alheios ao requerimento que deu origem � audi�ncia p�blica, por ser convidada e n�o convocada -- al�m de Pasadena, a reuni�o visa debater as acusa��es de pagamento de propina envolvendo a estatal e a holandesa SBM Offshore.
Ela foi questionada, por exemplo, sobre a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Em meio ao embate, a presidente da Petrobras optou por abordar o tema, mesmo n�o sendo obrigada a faz�-lo.
Durante a audi�ncia, os deputados da oposi��o disseram que as explica��es dadas por Gra�a n�o foram convincentes e disseram haver contradi��es entre as justificativas j� apresentadas pelo ex-diretor da �rea internacional da Petrobras Nestor Cerver� e pela pr�pria presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff. A cada interven��o desse tipo, ocorreu discuss�o e bate-boca entre petistas e parlamentares da oposi��o.
Com Ag�ncia Estado