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Estado de Minas

Esquema de lavagem pagou gastos eleitorais em MT, diz PF

A conclus�o da PF tem base, entre outros documentos, em dela��o premiada feita por um dos principais integrantes do esquema, o empres�rio G�rcio Marcelino Mendon�a Filho


postado em 22/05/2014 09:31 / atualizado em 22/05/2014 09:56

S�o Paulo - A Pol�cia Federal (PF) afirma que o principal operador do esquema de lavagem de dinheiro que abasteceu campanhas eleitorais e pagou propina em Mato Grosso agia a mando do senador Blairo Maggi (PR) e do governador Silva Barbosa (PMDB). Eder Moraes, ex-secret�rio da Fazenda de Blairo, est� preso em Bras�lia, acusado de operar milion�rio esquema de lavagem de dinheiro por meio de institui��o financeira clandestina. Maggi governou Mato Grosso at� 2010, quando renunciou para disputar o Senado. Silval, que era o vice, assumiu e foi reeleito naquele ano.

A conclus�o da PF tem base, entre outros documentos, em dela��o premiada feita por um dos principais integrantes do esquema, o empres�rio G�rcio Marcelino Mendon�a Filho, que entre 2005 e 2013 concedeu empr�stimos em Mato Grosso por meio de uma empresa de factoring e de sua rede de postos de combust�veis, que funcionavam como institui��es financeiras clandestinas, conforme o Minist�rio P�blico. Ele decidiu fazer a dela��o ap�s ser envolvido nas investiga��es da Opera��o Ararath, que ter�a-feira teve a quinta fase desencadeada, na qual foram presos Moraes e o deputado estadual Jos� Riva (PSD).

Mendon�a disse aos investigadores que, nas elei��es de 2008 e 2010, fez empr�stimos a Silval que seriam, segundo relato do governador ao delator, “para fins de campanha eleitoral”.

Ele revelou que, em 2008, emprestou R$ 4 milh�es para o governador, a pedido do pr�prio. “Silval Barbosa relatou ao depoente que o empr�stimo era para ser utilizado para as elei��es municipais daquele ano para fundos do PMDB”, diz a PF. “Silval afirmou que o governador Blairo Maggi tinha conhecimento de que tomaria dinheiro emprestado em alguma factoring”.

Em 2010, segundo Mendon�a, Silval o chamou em seu apartamento e lhe pediu R$ 7 milh�es, dos quais R$ 4 milh�es foram emprestados, a juros de 3% ao ano. Al�m disso, ele afirmou ter gasto mais R$ 300 mil para pagar pesquisas eleitorais encomendadas por Barbosa e R$ 150 mil para gastos da conven��o do PMDB como �nibus, comida e �gua. A reportagem n�o encontrou registros oficiais desses empr�stimos como doa��es para as campanhas.

No caso de Blairo Maggi, as revela��es do delator, somadas a documentos obtidos em opera��es de busca e apreens�o, levaram o Minist�rio P�blico a concluir que h� indicativos de que, em 2009, quando era governador, ele pegou ao menos dois empr�stimos em um banco, dissimulando sua condi��o de tomador. Esses empr�stimos estariam relacionados a empresas de Mendon�a. Segundo a Procuradoria, Maggi “obteve” do empres�rio R$ 4 milh�es em favor de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O conselheiro receberia a quantia para deixar o TCE e abrir a vaga para um aliado do governo.

Defesa. Por meio de sua assessoria, Maggi informou que n�o tem nenhuma rela��o com os fatos apontados na Opera��o Ararath. O senador est� “indignado”, segundo a assessoria. Maggi afirmou que “quem est� falando em seu nome est� mentindo” e disse que “nunca conversou” com o delator e que, quando retornar da Europa, se convidado a depor, “prestar� todos os esclarecimentos”.

O advogado Ulisses Rabaneda, que representa Silval Barbosa, disse que ainda n�o teve acesso � integra dos autos da Ararath. “Sabemos que a sociedade e os meios de comunica��o esperam uma manifesta��o da defesa ou do pr�prio governador, mas o que sabemos ainda � muito vago.” A defesa de Moraes n�o respondeu �s liga��es da reportagem. 


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