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Estado de Minas

Doleira presa ganha fama por socorrer e salvar policial

Doleira salvour a vida de um carcereiro que sofreu um ataque card�aco em plena Superintend�ncia da Pol�cia Federal no Paran�


postado em 02/06/2014 08:49 / atualizado em 02/06/2014 09:35

Bras�lia - Presa por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas investigado na Opera��o Lava Jato, a doleira Nelma Kodama ganhou fama e a simpatia de policiais federais por um ato heroico atr�s das grades: salvar a vida de um carcereiro que sofreu um ataque card�aco em plena Superintend�ncia da Pol�cia Federal no Paran�.

Ao ver um agente da PF desmaiar na sua frente, Nelma fez massagem tor�cica e respira��o boca a boca. Em seguida, destrancou um m�dico preso na mesma carceragem para auxiliar a v�tima. O relato foi feito � reportagem por tr�s fontes da PF, que se dizem surpresas com a efici�ncia na assist�ncia ao homem enfartado.

Em seguida, chegaram outros policiais, que levaram o colega a um hospital. O agente se salvou e a “barra” da doleira ficou um pouco mais limpa na PF. O epis�dio teria ocorrido em 8 de abril, mesmo dia, coincidentemente, em que o doleiro Alberto Youssef passou mal. Ele tamb�m � suspeito de operar um esquema de lavagem que teria movimentado R$ 10 bilh�es.

“A Nelma podia at� tentar fugir, mas fez o que fez. Abriu a outra cela, tirou o m�dico de l�, trancou novamente os outros presos e salvou o cara. Merecia at� uma redu��o de pena por isso”, agradece uma fonte graduada da pol�cia.

Conhecida no mercado financeiro por “Greta Garbo” e outros pseud�nimos que remetem ao glamour de Hollywood, Nelma, de 47 anos, � personagem antiga de comiss�es de inqu�rito e investiga��es policiais. Em 2005, foi citada na CPI dos Correios pelo doleiro Ant�nio de Oliveira Claramunt, o Toninho Barcelona, como operadora do PT no mercado de c�mbio de Santo Andr�, durante a gest�o do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002. No ano seguinte, ela negou tudo � CPI dos Bingos: “N�o conhe�o”, “nunca vi”, reiterou, em cerca de 40 minutos de depoimento.

O nome de Nelma reapareceu na Opera��o Miqu�ias, do ano passado, que investigou suposto esquema de pagamento de propina a pol�ticos e servidores p�blicos para desvio de recursos de fundos de pens�o municipais. A PF detectou opera��es dela com o doleiro Fayed Traboulsi, de Bras�lia, acusado de participar das fraudes.

A Lava Jato foi deflagrada em 17 de mar�o, como um desdobramento da Miqu�ias. N�o por acaso, equipe da PF em Bras�lia viaja ao Paran� nesta semana para, em parceria com policiais federais que atuam no Estado, aprofundar os trabalhos e estabelecer elos entre os investigados nas duas opera��es.

Nelma foi presa dois dias antes da a��o, quando tentava embarcar para Mil�o no Aeroporto Internacional de Guarulhos com 200 mil guardados na calcinha. Para a PF, ela sabia das investiga��es e tentava fugir. Os advogados de Nelma negam.

No m�s passado, a Justi�a Federal aceitou den�ncia contra a doleira. Conforme a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, ela enviava recursos ao exterior por meio de contratos de c�mbio fraudulentos que simulavam importa��es.

“Os doleiros atuam em rede, fazendo pagamentos uns para os outros informalmente. � o que se chama de hawala (confian�a)”, explica um policial federal. O Estado n�o conseguiu contato com a defesa de Nelma.


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