Advogados do doleiro Alberto Yousseff pediram nesta sexta-feira, 30, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que anule as provas obtidas pela Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, que investiga suspeitas de exist�ncia de um suposto esquema de lavagem de bilh�es de reais. A defesa do doleiro alega que o juiz da 13ª. Vara Federal em Curitiba, S�rgio Moro, n�o poderia ter atuado no caso. A argumenta��o � de que em 2010 o magistrado teria se declarado suspeito por foro �ntimo de conduzir uma investiga��o conexa envolvendo Yousseff. Por causa disso, conforme os advogados, o juiz estaria impedido de atuar na inquiri��o.
Na reclama��o, a defesa de Costa argumentou que o processo deveria tramitar no STF e n�o na 13ª. Vara Federal em Curitiba. Isso porque haveria suspeitas de participa��o de parlamentares em supostos crimes. Deputados e senadores t�m o direito, conhecido como foro privilegiado, de serem investigados e processados somente perante o Supremo.
Zavascki determinou a suspens�o de todos os inqu�ritos e a��es penais relacionadas � opera��o e ordenou a liberta��o dos r�us. Mas, ap�s receber informa��es do juiz Moro, o ministro decidiu soltar apenas o ex-diretor da Petrobras. Em parecer enviado nesta semana ao STF, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, disse que s�o v�lidas todas as decis�es do juiz Moro nos processos da Opera��o Lava Jato. De acordo com ele, na ocasi�o em que foram colhidas as provas eram desconhecidos os ind�cios de envolvimento de congressistas.
Para exemplificar, ele citou o caso do deputado Andr� Vargas. "Em rela��o ao deputado federal Andr� Vargas, primeiro com prerrogativa de foro perante a Corte Suprema do qual se teve not�cia nos autos, a refer�ncia a ele foi veiculada somente nos autos da intercepta��o telef�nica e telem�tica de Alberto Youssef (doleiro)", afirmou.