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Estado de Minas

Dilma conta ao NYT que mesmo presa torceu pela sele��o

O Times d� destaque, logo no in�cio da entrevista publicada na edi��o desta quarta-feira do jornal, ao fato de que Dilma raramente faz declara��es p�blicas a respeito de sua pris�o


postado em 04/06/2014 09:37 / atualizado em 04/06/2014 09:50

Nova York - A presidente Dilma Rousseff defendeu em uma entrevista ao jornal The New York Times a Copa do Mundo no Brasil e afirmou ao di�rio norte-americano que, mesmo na �poca do regime militar, em que esteve em uma pris�o em S�o Paulo, seguiu com interesse e torceu para a sele��o brasileira durante a Copa de 1970.

O Times d� destaque, logo no in�cio da entrevista publicada na edi��o desta quarta-feira do jornal, ao fato de que Dilma raramente faz declara��es p�blicas a respeito de sua pris�o. Sobre esta �poca e a Copa do Mundo, ent�o realizada no M�xico, Dilma afirmou que naquela momento, muitos brasileiros que se opunham ao regime militar questionavam se apoiar a sele��o brasileira n�o seria uma forma de fortalecer os militares. "Eu n�o tive esse dilema", disse Dilma ao Times, destacando que a resist�ncia em torcer para Brasil se dissipou e ela e seus companheiros de pris�o acompanharam o torneio.

Dilma falou em Bras�lia por cerca de uma hora com o correspondente do jornal norte-americano no Brasil, Simon Romero. Ela declarou que apenas uma "pequena minoria" � contra a Copa no Pa�s e defendeu empr�stimos de bancos p�blicos para financiar os est�dios da competi��o.

Al�m da Copa, Dilma ressaltou ao Times a redu��o nos �ltimos anos da desigualdade social no Brasil e elogiou o trabalho do economista do momento, o franc�s Thomas Piketty, que no livro "Capital" discute o aumento da desigualdade. "Acho que ele (Piketty) fez um trabalho fant�stico", afirmou. A presidente disse que no Brasil ocorreu melhora da distribui��o de renda, enquanto nos EUA e em partes da Europa e situa��o se deteriorou. A presidente comparou o avan�o social recente no Brasil ao da Espanha ap�s a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.

Dilma ressaltou ao Times que com a melhora da distribui��o de renda no Brasil, surgiram outras demandas e desafios das pessoas. Ela citou, por exemplo, o crescimento das viagens a�reas enquanto os aeroportos precisam de novos investimentos. Por isso, ela diz entender a insatisfa��o dos brasileiros ao protestar contra servi�os de m� qualidade. "Os servi�os cresceram menos que a renda", disse ela.

Ainda sobre a Copa, Dilma refor�ou que o evento oferece uma oportunidade de o Brasil refor�ar sua posi��o em escala global. A presidente tamb�m disse que planeja se encontrar com o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, que vai ao Pa�s este m�s assistir a uma partida da sele��o norte-americana.

Dilma destacou ainda que est� preparada para reaquecer as rela��es entre Bras�lia e Washington, desgastadas por conta das den�ncias de espionagem da Casa Branca no Brasil. Dilma disse que est� preparada para considerar o reagendamento da visita que faria em Washington em outubro do ano passado e que foi cancelada em meio �s den�ncias, feitas pelo ex-funcion�rio da intelig�ncia dos EUA, Edward Snowden.

Na parte final da entrevista, Dilma falou sobre Cuba e os investimentos que o Brasil tem feito na ilha. Ela afirmou ainda que espera que o Brasil continue aumentando seu poder diplom�tico e econ�mico na Am�rica Latina.

O Times cita ainda questionamento feito � presidente sobre a lei da anistia, que permite que as pessoas que torturaram Dilma na pris�o continuem livres. Dilma disse ao jornal que como presidente, respeita a norma, apesar de sua vis�o pessoal diferente. "Eu n�o acredito em vingan�a, mas tamb�m n�o acredito em perdoar", disse ela. "� extremamente importante para o Brasil saber o que aconteceu, porque isso significa que n�o acontecer� de novo."


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