Costa nega que Petrobras seja 'organiza��o criminosa'

Bras�lia - O ex-diretor da �rea de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou nesta ter�a-feira que a estatal n�o � um "balc�o de neg�cios". Em depoimento � CPI da Petrobras do Senado, ele rejeitou a acusa��o feita pela Pol�cia Federal de que uma "organiza��o criminosa" tenha instalado na estatal. "Muita coisa foi dita de forma anti�tica, sem provas, e quero colocar de forma que repudio muito veemente que a Petrobras seria uma organiza��o criminosa", afirmou.

Para Costa, a pris�o de 59 dias, por envolvimento na opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, colocou uma "pedra" na carreira que desenvolveu na estatal. Ele disse que chegou ao cargo de diretor ap�s 27 anos na empresa. "N�o ca� de paraquedas, fui diretor por compet�ncia t�cnica", afirmou, ao destacar que o epis�dio colocou sua fam�lia numa posi��o "delicada, sem fundamento" e que se sente "muito constrangido" por tudo o que ocorreu. "Realmente para mim foi muito ruim porque 35 anos de Petrobras n�o se jogam no lixo como jogaram", criticou.

Na sua apresenta��o inicial, o ex-diretor negou ter cometido irregularidades na sua passagem de oito anos no qual ocupou o cargo de diretor e, mesmo depois de se aposentar, em fevereiro de 2012, quando montou a consultoria Costa Global. Ele disse que montou essa empresa, suspeita de envolvimento no esquema investigado pela PF, para se manter em atividade e lembrou que o sal�rio, ap�s a aposentadoria, � reduzido em m�dia de 20%.

"Eu acho que diretores e presidentes de Petrobras deveriam ter a tal da quarentena, quando voc� tem, voc� fica 6 meses, um ano (sem trabalhar recebendo)", afirmou. "A Petrobras n�o tem (quarentena). Eu tive come�ar uma atividade assim que sa�, e comecei uma consultoria, que � uma �rea que eu conhe�o ap�s 35 anos na companhia", completou.

O ex-diretor disse ainda que a refinaria de Abreu e Lima foi iniciada 30 anos ap�s a estatal n�o ter tido nenhum investimento em refinarias.