O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, que orienta a pr�-campanha presidencial de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva, disse n�o ver grandes diferen�as nas propostas econ�micas do ex-governador pernambucano e do outro candidato da oposi��o, A�cio Neves (PSDB). Em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, nesta segunda-feira, Giannetti avaliou que as diferen�as entre os dois est�o mais nos campos pol�tico e social.
"A alian�a de Eduardo e Marina se prop�e a trazer para o centro da pauta a forma��o de capital humano e uma responsabilidade ambiental, que s�o diferenciadas em rela��o ao que predomina na proposta do candidato A�cio Neves", respondeu Giannetti ao ser questionado sobre quais seriam as diferen�as de propostas. J� sobre a possibilidade de A�cio tamb�m defender essas pautas, o economista afirmou que � poss�vel, mas "n�o com a �nfase, com a centralidade e com a coragem" com que fazem Campos e Marina.
Apesar do apoio declarado �s pr�-candidaturas de Campos e Marina, a quem j� aconselhara na corrida presidencial de 2010, Giannetti refutou qualquer possibilidade de participar de um eventual governo dos dois. "N�o tenho perfil executivo e n�o seria bom ministro", afirmou. Giannetti disse considerar ter um perfil de intelectual, mais adequado a dar conselhos, e que acredita haver no Brasil pessoas "melhores" para assumirem posi��es no Executivo.
O economista definiu como fundamentais a realiza��o de reformas pol�tica e tribut�ria. Para ele, a diminui��o da estrutura do Estado brasileiro depender� da postura do futuro presidente e tamb�m de mudan�as institucionais. "Precisamos voltar a ter uma democracia n�o calcada em acordos oportunistas de curto prazo, mas democracia que seja baseada na competi��o de projetos, de ideias", disse o economista, repetindo o discurso de Campos e Marina.
Giannetti, contudo, n�o detalhou qual seria a reforma pol�tica ideal, ressaltando apenas a import�ncia da busca de um novo modelo de governabilidade. Sobre reforma tribut�ria, o economista ressaltou que ela precisa come�ar pela simplifica��o do "modelo labir�ntico que n�s geramos no Brasil, de complexidade intrat�vel". Giannetti disse considerar descabido que uma empresa gaste 2,6 mil horas ao ano para recolher os tributos devidos no Brasil.
Segundo Giannetti, uma prioridade seria o compromisso de n�o aumentar a carga tribut�ria do Pa�s, al�m de apresentar propostas para desonerar os investimentos. Ele defende tamb�m que haja uma pol�tica de desonera��o da folha salarial, mas de forma horizontal: "(Deve ser feita) n�o de modo setorial e caso a caso, mas uma coisa homog�nea e horizontal, para que realmente diminua o peso dos impostos que incidem sobre sal�rio e que oneram muito o custo de produ��o em d�lar no Brasil".