Bras�lia, 17 - A Petrobras rescindiu contrato de R$ 443,8 milh�es com a Ecoglobal Ambiental e a Ecoglobal Overseas, ap�s a Pol�cia Federal levantar a suspeita de liga��o com o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos pela Pol�cia Federal. Em comunicado ao juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pela Opera��o Lava Jato, a companhia d� por cancelado, desde a �ltima quinta-feira, 12, o v�nculo com as duas empresas.
Durante as buscas da Lava Jato, a Pol�cia Federal apreendeu um contrato, segundo o qual 75% das cotas da Ecoglobal foram transferidas, em setembro de 2013, para tr�s empresas, entre elas a Quality Holding Investimento, controlada por Youssef; e a Sunset Global, registrada em nome da filha e da esposa de Paulo Roberto, segundo o inqu�rito. "Uma das condi��es de aquisi��o das cotas da Ecoglobal era justamente a celebra��o de contrato com a Petrobras, no valor de R$ 443 milh�es. Ou seja, a Ecoglobal tinha a receber R$ 443 milh�es de um contrato com a Petrobras quando as empresas 'investidoras' compraram 75% das cotas", afirma o MPF na den�ncia.
Conforme o inqu�rito, o neg�cio foi feito por valor bem mais baixo: R$ 18 milh�es. A PF abriu investiga��o espec�fica para apurar as evid�ncias de fraude na transa��o com a fornecedora da Petrobras. Procurados, os advogados de Paulo Roberto e Youssef n�o retornaram aos contatos do Estado. O representante oficial da Ecoglobal n�o foi localizado at� o momento da publica��o desta reportagem.
Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foram presos em mar�o durante a Opera��o Lava Jato, da PF, suspeitos de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilh�es. Costa chegou a ser liberado ap�s 59 dias, mas voltou a ser preso na semana passada, quando a Justi�a Federal foi avisada, pelo minist�rio p�blico da Su��a, sobre bloqueios de contas banc�rias ligadas ao ex-diretor no pa�s europeu. No dia anterior � sua pris�o, Costa prestou depoimento � CPI da Petrobras e negou as acusa��es contra ele.