Bras�lia - No pen�ltimo dia em que candidatos podem participar de inaugura��es, a presidente Dilma Rousseff bancou a mestre de cerim�nias de uma entrega coletiva de 5.460 unidades do programa Minha Casa Minha Vida em 11 localidades espalhadas pelo Pa�s. Ao custo de R$ 2 milh�es, o evento dessa quinta-feira teve videoconfer�ncia entre a candidata � reelei��o, que estava em um bairro perif�rico de Bras�lia, e os ministros enviados a munic�pios de sete diferentes Estados.
Desde janeiro, Dilma participou de 11 entregas de unidades do Minha Casa a fam�lias beneficiadas. Nenhum outro teve o mesmo tipo de produ��o ou mobilizou tantos ministros nessa quantidade de lugares. A presidente, candidata � reelei��o, aproveitou o evento para confirmar a terceira fase do programa habitacional e fixar como meta “poss�vel” a entrega de 3 milh�es de casas a partir de 2015, quando ter� in�cio um novo mandato presidencial.
Depois de exaltar o fato de o programa ser “o maior programa habitacional da hist�ria do Brasil” e destacar que a casa pr�pria � “um sonho que nem sempre � f�cil de ser realizado”, Dilma fez quest�o de ressaltar a qualidade dos im�veis que est�o sendo entregues, com azulejos nas paredes dos banheiros e cozinha e cer�mica no ch�o.
Essa deixa estimulou uma disputa entre a presidente e os ministros sobre as “vantagens” de cada um dos conjuntos habitacionais. “Este � um parque diferente”, disse Dilma, referindo-se ao Parque Parano�, na periferia de Bras�lia, de onde comandava a programa��o do dia.
“Aqui em Santo Andr�, os apartamentos t�m varanda”, afirmou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do palanque montado em seu ber�o pol�tico. “Eu quero fazer uma brincadeira com a ministra Miriam. Aqui no Sul n�o tem varanda, mas todos os conjuntos t�m churrasqueira pro churrasquinho do final de semana”, disse a titular dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, em Joinville, maior cidade de seu Estado.
O jogral prosseguiu com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. “Aqui n�o tem varanda, mas tem parquinho”, afirmou. O ministro dos Portos, C�sar Borges, direto de Jequi� (BA), sua cidade natal, completou: “A casa aqui � um verdadeiro jardim. Tem �gua, esgoto e ruas pavimentadas, com paisagismo”.
Audit�rio
� vontade na cerim�nia, Dilma chamou ministros, prefeitos e benefici�rios do Minha Casa como se estivesse em um programa de audit�rio. Tanto a presidente quanto seus colegas de transmiss�o vincularam a entrega das habita��es � Copa.
“Parab�ns pra Bruna, pra fam�lia da Bruna, para todas as fam�lias de Santo Andr�. � muito bom come�ar uma vida nova pendurando a bandeira do Brasil na sacada pra comemorar a Copa do Mundo”, disse Dilma, referindo-se � fam�lia que havia recebido as chaves de uma casa no ABC Paulista. Em seguida, ouviu por diversas vezes os gritos de “1, 2, 3, Dilma Outra Vez”.
A presidente s� n�o conseguiu ouvir o titular da Sa�de, Arthur Chioro, enviado a S�o Vicente (SP). A comunica��o entre o ministro e Dilma falhou, e foi exibida uma grava��o da petista. O problema t�cnico enganou at� a equipe do Blog do Planalto, que em um post sobre o evento deixou de citar S�o Vicente entre as cidades beneficiadas.
Pap�is
Com Dilma no papel principal da solenidade, quem assumiu o embate com a oposi��o foi o presidente da Caixa, Jorge Hereda. Ele rebateu a proposta do candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, que promete construir 4 milh�es de casas se for eleito. “Na �poca das elei��es, simplesmente falar um n�mero � f�cil”, disse Hereda. Para ele, a constru��o de 3 milh�es de unidades no Minha Casa 3 “n�o � uma meta da boca para fora, que responda a um debate eleitoral”.
