TRE registra varia��o expressiva na declara��o de bens de vereadores de BH

Os 18 vereadores de Belo Horizonte que tentam se tornar deputados estaduais ou federais nas elei��es de outubro declararam � Justi�a Eleitoral patrim�nios que, juntos, somam cerca de 10 milh�es. Em dois anos, desde que alguns se tornaram parlamentares pela primeira vez e outros foram reeleitos para a C�mara Municipal, foram computadas varia��es financeiras dos bens apresentados que v�o desde saldos negativos at� a acr�scimos de 1.623%.

Dono de um patrim�nio de R$ 1,89 milh�o, que pouco cresceu desde 2012, segundo declarou ao TRE, o vereador novato Coronel Piccinini (PSB), que agora tenta um mandato de deputado estadual, � quem tem a maior cifra apresentada. Al�m de um apartamento de R$ 1 milh�o no Bairro Cidade Nova, Regi�o Nordeste da capital, ele listou tr�s casas, cotas de participa��o em uma empresa, contas banc�rias e R$ 80 mil dispon�veis em esp�cie. “Sou o vereador mais velho da C�mara e coronel da PM. Nesses 30 anos de servi�o e mais alguns da reserva, � o que pude amealhar. Al�m disso, sou filho �nico e meus pais falecidos deixaram alguns bens para mim”, afirma.

Na outra ponta, o vereador Gunda (PRP), assim como fez h� dois anos, disse n�o ter bens a declarar. J� os outros colegas variaram os valores. O petista Arnaldo Godoy, por exemplo, ampliou o patrim�nio em 1.623%, passando de R$ 26 mil para 448 mil. Em 2012 ele tinha apenas R$ 1 mil na poupan�a e um carro popular. Na declara��o deste ano, por�m, Godoy informou ter, al�m do ve�culo, um apartamento no Cai�ara e recursos em um banco federal. “Sou vereador h� 20 anos e tenho 38 anos trabalhando, fui juntando dinheiro e comprei um apartamento”, conta.

J� o vereador Gilson Reis (PCdoB), apesar de constar no registro do TRE um aumento de 410% no seu patrim�nio, diz ter empobrecido. Em 2012 ele informou ter dois carros, uma constru��o em Nova Lima e cotas de uma empresa, somando R$ 79,1 mil. Na declara��o deste ano, h� ainda tr�s carros, aplica��es em conta banc�ria e um empr�stimo, totalizando R$ 405,3 mil. “Pelo contr�rio, perdi patrim�nio. Vendi meu apartamento para pagar parte da d�vida da campanha a vereador. O resto guardei para no futuro comprar outro”, informou. A assessoria do vereador informou que Gilson errou a declara��o de 2012, quando deixou de declarar ao TRE que tinha um apartamento de R$ 132 mil que foi vendido.

Enquanto isso, o vereador Bruno Miranda (PDT) ampliou o patrim�nio em mais de quatro vezes. O apartamento de R$ 120 mil declarado em 2012 deu lugar a outro de R$ 480 mil financiado pela Caixa Econ�mica Federal e ainda sobrou dinheiro na poupan�a e em esp�cie, totalizando bens de R$ 518,8 mil. “Estou � devendo at� a alma, s�o 30 anos de financiamento”, afirmou.

O vereador Pablito (PV) aparece no registro do TRE com uma redu��o de 80% do patrim�nio, mas disse j� ter procurado a Justi�a Eleitoral para corrigir o erro. Conforme consta da declara��o apresentada em 2012, ele tinha R$ 528,9 mil, sendo a maior parte referente a um apartamento no Bairro Santo Ant�nio, parte de dois lotes em Capit�lio, uma motocicleta, cotas de capital de empresa e R$ 40 mil em aplica��o. Este ano, at� ontem, constavam apenas um carro, que o vereador diz j� ter vendido, uma motocicleta e cotas de uma consultoria, mas Pablito diz que vai completar o patrim�nio, passando para R$ 660 mil.