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Estado de Minas

Presidenci�veis est�o de de olho nas revindica��es vindas das ruas

Em resposta aos protestos de junho do ano passado, os tr�s principais presidenci�veis prometem garantir a participa��o popular no governo caso sejam vitoriosos nas urnas


postado em 28/07/2014 00:12 / atualizado em 28/07/2014 07:38

Nuvem de palavras com as diretrizes de governo de Dilma, Aécio e Eduardo:
Nuvem de palavras com as diretrizes de governo de Dilma, A�cio e Eduardo: "Desenvolvimento", "pol�ticas" e "sociais" em destaque

Bras�lia
– Primeira elei��o depois de a popula��o lotar as ruas do pa�s em junho do ano passado e cobrar mudan�as da classe pol�tica, a disputa que chega �s urnas em outubro une os candidatos quando o assunto � a tentativa de construir um perfil de pol�tico que ganhe a simpatia dos manifestantes. Para atrair esse p�blico, os tr�s principais candidatos � Presid�ncia – a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador A�cio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – prometem garantir a participa��o popular em seus governos.

� o que mostram nas tr�s diretrizes de governo apresentadas � Justi�a Eleitoral, com discurso comum de refor�ar a participa��o popular. Os tr�s destacam que os programas finais de governo das candidaturas v�o ser constru�dos em conjunto com a sociedade. A nuvem de palavras feita pelo Estado de Minas com a uni�o dos tr�s textos mostra em destaque os termos “desenvolvimento”, “pol�ticas”, “sociais”, “participa��o”.

Direta ou indiretamente, Dilma, A�cio e Eduardo lembraram as manifesta��es de junho e tentam se mostrar atentos �s reclama��es da popula��o. Na pr�tica, no entanto, eles v�o ter de se esfor�ar para que esse eleitor, que colocou os pol�ticos na mira, acreditem que as promessas – muitas vezes contradit�rias aos hist�ricos dos concorrentes – s�o mais que um discurso decorado para lhe agradar.

Ao lado de Marina Silva, Eduardo Campos refor�a no texto entregue � Justi�a eleitoral que a uni�o entre os dois � uma “alian�a program�tica”, e n�o uma “pragm�tica”. A ideia, repetida em entrevistas, � se diferenciar das “velhas raposas pol�ticas”, alvejadas pela popula��o em junho de 2013, que, segundo ele, fazem alian�as apenas para garantir minutos na televis�o. Em seu governo em Pernambuco, no entanto, Eduardo fez uma ampla alian�a com partidos, quase n�o teve oposi��o e recebeu apoio de pol�ticos geralmente tachados como representantes da “velha pol�tica”, caso de Inoc�ncio de Oliveira e Severino Cavalcanti.

CACIQUES Sobre o assunto, Eduardo costuma dizer que a diferen�a � que esses pol�ticos n�o tiveram import�ncia na sua gest�o, ao contr�rio, segundo ele, do peso de caciques como o senador Jos� Sarney (PMDB) no governo petista. Secret�rio-geral do PSB, Carlos Siqueira diz que as manifesta��es de junho s�o “objeto de preocupa��o” da campanha e tenta vincular o partido �s demandas da popula��o. “Os protestos refletiram reclama��es que j� s�o bandeiras do PSB, como uma reforma urbana”, diz. E aproveita para atacar o PT. “S�o reivindica��es justas. Refletem as incompet�ncias de quem est� no governo h� 12 anos (dos quais o PSB participou por 11 anos e sete meses) e n�o foi capaz de responder a essas quest�es sociais.”

J� a presidente Dilma quer mostrar que, embora no governo h� 12 anos, o PT ainda tem potencial de levar novidades � popula��o. Ao p�blico que protestou, o programa tenta passar a ideia de que as reivindica��es s�o consequ�ncia de uma mudan�a j� feita pela legenda. “Para os cidad�os brasileiros, o necess�rio para o futuro mudou porque o patamar de exig�ncias passou a ser outro: n�o querem mais o m�nimo necess�rio para viver, mas o m�ximo poss�vel para que mantenham o seu poder de consumo e possam acenar para seus filhos com vidas melhores que as deles.”

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) diz que a “agenda de junho de 2013” vai pautar a campanha. “Aqueles governantes que foram ao encontro dos clamores das ruas v�o ter melhores resultados do que aqueles que n�o ouviram as reclama��es”, disse, destacando que o PT reagiu aos pedidos. A presidente Dilma, na �poca, lan�ou cinco pactos com a popula��o, como uma reforma pol�tica, mas n�o conseguiu tirar do papel parte deles.

O senador A�cio Neves reuniu as reivindica��es da popula��o em um pacote de cinco reformas: dos servi�os p�blicos; da seguran�a p�blica; pol�tica; tribut�ria; e da infraestrutura nacional. Quando fala em reforma pol�tica, costuma se posicionar contra a reelei��o. Mas ter� de convencer o eleitor de que realmente vai levar a iniciativa � frente, uma vez que a possibilidade de reelei��o foi aprovada pelo Congresso durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, que, com a vit�ria no Poder Legislativo, conquistou mais quatro anos de gest�o.

Coordenador-geral da campanha de A�cio, o senador Jos� Agripino Maia (DEM-RN) avalia que o respeito �s manifesta��es de junho vai ser fator importante nas elei��es. Ele avalia que quem estava em cargo eletivo na �poca e n�o reagiu aos protestos ter� dificuldade para convencer o eleitor. “Aquele pol�tico que estava no poder e n�o mudou vai ser visto como insincero (ao prometer mudan�as). Por que n�o fez antes e prop�e apenas na elei��o?”, questiona.

SEM AGENDA
Os tr�s principais candidatos na disputa pelo Pal�cio do Planalto evitaram as ruas no domingo. A presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre � reelei��o, e o ex-governador de Pernambuco  Eduardo Campos (PSB) n�o tiveram compromissos oficiais. O senador A�cio Neves (PSDB-SP) tamb�m n�o teve agenda p�blica de candidato, mas aproveitou o dia para fazer filmagens que ser�o usadas na propaganda eleitoral. Embora n�o tenha sa�do �s ruas, a campanha da presidente Dilma seguiu firme na internet, com uma s�rie de publica��es sobre os avan�os do pa�s nos �ltimos anos. J� Eduardo Campos usou a rede para lamentar a aus�ncia na Missa do Vaqueiro, em Serrita (PE).


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