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Estado de Minas

Mercado interferir na pol�tica � inadmiss�vel, diz Dilma

"Eu acho que � inadmiss�vel para qualquer pa�s, principalmente um pa�s que � a s�tima economia do mundo, aceitar qualquer n�vel de interfer�ncia de qualquer integrante do sistema financeiro de forma institucional na atividade eleitoral", disse Dilma


postado em 29/07/2014 09:07 / atualizado em 29/07/2014 09:15

Bras�lia e S�o Paulo, 29 - A presidente Dilma Rousseff criticou nesta segunda-feira, 28, setores do mercado financeiro ao ser questionada sobre um informe enviado pelo Banco Santander a clientes de alta renda que apontava risco de deteriora��o da economia caso a candidata do PT se estabilize na lideran�a das pesquisas de inten��o de voto. A presidente definiu como "interfer�ncia" a manifesta��o da institui��o financeira, que depois se retratou publicamente.

"Eu acho que � inadmiss�vel para qualquer pa�s, principalmente um pa�s que � a s�tima economia do mundo, aceitar qualquer n�vel de interfer�ncia de qualquer integrante do sistema financeiro de forma institucional na atividade eleitoral. Isso � inadmiss�vel", afirmou Dilma durante sabatina realizada no Pal�cio da Alvorada pelo jornal Folha de S. Paulo, portal UOL, r�dio Jovem Pan e SBT.

A cr�tica gerou uma rea��o imediata de seus principais advers�rios. O candidato do PSDB, senador A�cio Neves (MG), afirmou em S�o Paulo que todos os analistas financeiros hoje manter�o o ceticismo em rela��o � economia se a petista for reeleita. "Infelizmente, para o Brasil de hoje, quanto mais prov�vel a reelei��o da presidente, os indicadores econ�micos ser�o piores e quanto mais houver a possibilidade de vit�ria da oposi��o, mais ir�o melhorar o ambiente e as expectativas de futuro", afirmou o tucano, para quem "a resposta adequada do governo seria garantir um ambiente est�vel, de confian�a".

Ao 'Estado', Eduardo Campos (PSB) concordou com a cr�tica do informe do banco quanto � condu��o macroecon�mica do Pa�s, mas avaliou que a institui��o n�o deveria ter "personificado" os questionamentos. "A an�lise do cen�rio econ�mico feita pelo banco foi correta, mas o documento n�o deveria ter personificado a cr�tica", afirmou.

O Santander j� disse que o informe n�o representa a opini�o da institui��o e anunciou que os funcion�rios respons�veis pelo documento ser�o demitidos.

Sobre as desculpas apresentadas pelo banco, Dilma afirmou que esse pedido foi bastante protocolar. "Lamento o que aconteceu, acho bastante protocolar."

Ap�s a pol�mica, prefeitos paulistas do PT procuraram a dire��o do partido para reavaliar os conv�nios com o Santander. A prefeitura de Osasco, na Grande S�o Paulo, anunciou o cancelamento do conv�nio sob a alega��o de "mau atendimento".

Em discurso para sindicalistas em evento da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m atacou a institui��o financeira. "N�o tem nenhum lugar no mundo que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que aqui", disse Lula em Guarulhos (SP). Para o ex-presidente, a pessoa respons�vel pelo comunicado n�o entende "porra nenhuma" de Brasil e n�o sabe nada a respeito do governo Dilma.

Ao comentar a conjuntura econ�mica, a presidente afirmou ainda que h� uma mistura de especula��o contra o governo com pessimismo. Ela lembrou do ambiente pr�-Copa. "Houve gente que disse que n�o tem aeroporto, vai ser um caos, o Brasil est� aqu�m de tudo, vai fazer Copa absolutamente aqu�m do nosso potencial, n�o vai ter est�dio decente, seguran�a vai ser desastre, n�o tem estrutura de comunica��o.... Isso � muito grave, isso � uma especula��o contra o Pa�s."

‘Marolinha’

Questionada sobre a crise de 2008 e se Lula havia errado ao compar�-la a uma "marolinha", Dilma admitiu que o processo foi subestimado. "Todos n�s erramos porque a gente n�o tinha ideia do grau de descontrole que o sistema financeiro tinha atingido. N�s minimizamos os efeitos da crise sobre a economia brasileira", disse.

De acordo com a presidente, nenhum pa�s se recuperou economicamente da crise. "Crescemos 2,5% em 2013. Dos pa�ses do G-20, estamos entre os seis ou sete que mais cresceram. O Brasil enfrentou a crise e sem cair naquela que � a pior situa��o em todos os pa�ses."

Segundo Dilma, o governo trabalhou para impedir que a popula��o "pagasse o pato da crise". 


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