Apontado como pr�ximo aos militares que atuaram na Casa da Morte, em Petr�polis, na regi�o serrana do Rio, durante a ditadura militar, o delegado Mauro Magalh�es negou � Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) que tivesse intimidade com os agentes.
Quando perguntado sobre os presos pol�ticos que foram levados para a cidade quando ele chefiava a delegacia local disse que "nunca soube de nada". Magalh�es tamb�m negou a exist�ncia da Casa da Morte. "N�o confirmo at� hoje porque n�o sei nem onde fica", disse.
O delegado disse que Malh�es, torturador confesso de presos pol�ticos, foi � delegacia "no m�ximo quatro vezes" para "tomar um cafezinho". No depoimento, o policial chegou a afirmar que foi considerado "subversivo" pelos militares. "Eles n�o me tinham como homem de confian�a. Iam me revelar o qu�, que estavam matando, batendo e prendendo? Nunca fariam isso".
Magalh�es tamb�m disse que conheceu Ailton Guimar�es Jorge, o Capit�o Guimar�es, apontado por viola��es de direitos humanos no DOI-Codi, no Rio e na 1ª Cia da Pol�cia do Ex�rcito da Vila Militar. O militar foi convidado para tamb�m prestar depoimento nesta ter�a-feira, 29, mas alegou problemas de sa�de.
Ap�s o depoimento, o membro da CNV Jos� Carlos Dias disse que Magalh�es perdeu uma oportunidade para contar sua vers�o sobre os atos cometidos durante a ditadura militar. "N�o se pode admitir que ele tendo sido delegado (de Petr�polis) quando a Casa da Morte fazia suas v�timas na cidade n�o saiba de nada. Acho imposs�vel, mas ele tem o direito de mentir em sua defesa". Ele lembrou, por�m, que o delegado "est� sendo desmentido por v�rias testemunhas e documentos".