Processo foi conduzido de forma autorit�ria, diz Vargas

Logo ap�s o Conselho de �tica ter aprovado nesta quarta-feira a cassa��o do mandato parlamentar do deputado Andr� Vargas (sem partido-PR), o ex-petista divulgou uma nota na qual diz que o processo no colegiado foi conduzido com "a�odamento e politiza��o excessiva". "Todo o processo foi conduzido sem qu�rum e de forma autorit�ria, sem permitir o livre exerc�cio da minha defesa", afirma o deputado em nota.

Vargas � acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Pol�cia Federal no �mbito da opera��o Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar cerca de R$ 10 bilh�es. No documento, o parlamentar tamb�m manifesta inten��o de recorrer do resultado na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a e no Judici�rio. Ele tamb�m alega que n�o teve garantido seu direito de defesa e que testemunhas-chave n�o foram ouvidas, inclusive ele mesmo.

Vargas tamb�m critica a nomea��o de �ltima hora de novos conselheiros para garantir o qu�rum m�nimo de vota��o que possibilitou a aprova��o do relat�rio do deputado J�lio Delgado (PSB-MG). "N�o conseguindo qu�rum at� as 13h, promovem uma manobra antirregimental, incluindo Rubens Bueno (PPS-PR) como membro. � revoltante."

O relator J�lio Delgado (PSB-MG) e o presidente Ricardo Izar (PSD-SP) mobilizaram a nomea��o de novos conselheiros para garantir o n�mero m�nimo de votantes. O PSD indicou o l�der do PPS Rubens Bueno (PR) para uma vaga em aberto e o deputado Mandetta (DEM-MS) - ausente da C�mara hoje - renunciou ao seu lugar no colegiado para que o pessebista Pastor Eurico (PE) pudesse ocup�-lo. Para ser confirmada, a perda de mandato de Vargas precisar� ainda ser votada pelo plen�rio da Casa, mas parlamentares consideram improv�vel que isso aconte�a antes das elei��es. Na nota, o parlamentar tamb�m disse que a vota��o do parecer no dia de hoje serviu para "ocupar espa�o na m�dia".