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Estado de Minas

J�lio Delgado apresenta relat�rio do caso Vargas

A a��o no conselho pode resultar na cassa��o do mandato de Vargas, que se desfiliou do PT e portanto n�o pode disputar a reelei��o


postado em 05/08/2014 20:19 / atualizado em 05/08/2014 20:44

O deputado Julio Delgado (PSB-MG) apresentou nesta ter�a-feira seu relat�rio sobre o processo por quebra de decoro parlamentar contra Andr� Vargas (sem partido-PR), acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Pol�cia Federal no �mbito da opera��o Lava Jato. Apesar disso, o in�cio da ordem do dia no plen�rio da Casa impossibilitou a leitura do voto de Delgado ainda hoje. O presidente do Conselho de �tica, Ricardo Izar (PSD-SP), convocou nova reuni�o para depois do t�rmino dos trabalhos em plen�rio, mas n�o deve haver vota��o hoje no colegiado, uma vez que deputados j� manifestaram a inten��o de pedir vistas.

A a��o no conselho pode resultar na cassa��o do mandato de Vargas, que se desfiliou do PT e portanto n�o pode disputar a reelei��o. Qualquer decis�o do colegiado, no entanto, precisa ser referendada pelo plen�rio. Mais cedo, Izar negou um pedido de afastamento de Delgado da relatoria do caso. A defesa de Vargas havia argumentado que o pessebista adiantara � imprensa o teor do seu voto, mas Izar, ap�s ouvir a manifesta��o dos membros do colegiado, discordou das alega��es e decidiu mant�-lo na fun��o.

No relat�rio apresentado hoje, Delgado aponta que den�ncias publicadas na imprensa atribu�ram a Vargas "a pr�tica de atos atentat�rios e incompat�veis com o decoro parlamentar", dentre elas a "percep��o de vantagens indevidas" e a "intermedia��o de neg�cios de interesse de Youssef junto ao Minist�rio da Sa�de".

Pela primeira vez durante todo o processo no Conselho de �tica, Andr� Vargas esteve presente na reuni�o. Ele disparou cr�ticas contra a condu��o da relatoria por Delgado, disse que as acusa��es se basearam apenas em not�cias veiculadas pela imprensa e que todas as declara��es das testemunhas ouvidas foram no sentido de absolv�-lo. "A �nica coisa que se tem contra este deputado e que for�a a cassa��o s�o as not�cias de jornais", disse. "Todos os depoimentos corroboraram que n�o houve tr�fico de influ�ncia."

Farpas

Depois de trocar farpas com Delgado, Vargas deixou a reuni�o antes do in�cio da leitura do relat�rio. Ele queixou-se que n�o foi convocado a depor no colegiado, que tinha arrolado testemunhas que ainda precisavam ser ouvidas e que seu direito de defesa estava sendo cerceado. "N�o houve quebra de decoro parlamentar", disse.

Delgado, por sua vez, afirmou que o ex-petista foi chamado a prestar esclarecimentos por seis vezes, sem nunca comparecer. Para o relator, a defesa de Vargas tem agido no sentido de protelar o processo. Na sess�o de hoje, a atua��o de Delgado na relatoria foi atacada por petistas e defendida por membros da oposi��o e tamb�m de outros partidos da base. "Houve uma confus�o entre relatoria e a vontade de expor opini�es pol�ticas", classificou o deputado Sib� Machado (PT-AC).

O caso

A liga��o do deputado com o Alberto Youssef veio a p�blico quando foi revelado, no in�cio do ano, que ele pegou carona em um jatinho do doleiro. Ele tamb�m foi acusado de ter indicado um ex-assessor do Minist�rio da Sa�de para trabalhar no Labogen, laborat�rio que, de acordo com a Pol�cia Federal, centralizava o esquema de lavagem de dinheiro comandada por Youssef. Vargas nega esta acusa��o. As den�ncias fizeram com que o parlamentar renunciasse ao cargo de vice-presidente da C�mara.

Vargas tamb�m foi pressionado pelo PT a abrir m�o do mandato para evitar danos �s campanhas pela reelei��o da presidente Dilma Rousseff, do ex-ministro da Sa�de Alexandre Padilha ao governo de S�o Paulo e da ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann ao governo do Paran�. Isolado, ele pediu a desfilia��o do partido. A Opera��o Lava Jato foi deflagrada em mar�o e apura um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar cerca de R$ 10 bilh�es.

 Com Ag�ncia Estado


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