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Estado de Minas

Unidade no PSB para lan�ar Marina candidata foi projetada na marra

Na cabe�a da chapa do PSB, Marina promete tratar diferen�as com generosidade, mas avisa que s� subir� em palanques estaduais que j� apoiava e veta doa��es de quatro segmentos industriais


postado em 21/08/2014 00:12 / atualizado em 21/08/2014 09:28

Marina posa com Beto Albuquerque após confirmação do nome dele como vice: novas regras a partir de agora (foto: Evaristo Sá/AFP)
Marina posa com Beto Albuquerque ap�s confirma��o do nome dele como vice: novas regras a partir de agora (foto: Evaristo S�/AFP)

Bras�lia – Oficializada candidata � Presid�ncia na chapa do PSB, Marina Silva afirmou que a palavra de ordem � crescer na unidade e tratar com “generosidade” as diferen�as entre o partido pelo qual concorre e o grupo ligado � Rede, a legenda que ainda pretende registrar. Mais cedo, entretanto, mostrou quem mandar�, a partir de agora, na coliga��o que at� oito dias atr�s era encabe�ada pelo socialista Eduardo Campos. Ratificou que s� estar� presentes nos palanques estaduais com os quais j� concordava, transferindo para o candidato a vice, Beto Albuquerque, a tarefa de pedir votos nos locais em que ela n�o se sentir confort�vel. Emplacou dois de seus mais pr�ximos aliados – Walter Feldmann e Bazileu Margarido – em postos chaves da campanha (coordena��o geral e comit� financeiro) e, a partir de agora, n�o aceitar� mais doa��es que venham de empresas de armamentos, fumo, agrot�xicos e bebidas.

“Essa era uma restri��o presente no estatuto da Rede e que, a partir de agora, estar� presente na campanha do PSB”, confirmou Bazileu. A campanha de Campos havia recebido doa��es da Ambev, mas, a partir de agora, esse tipo de apoio n�o ser� mais aceito. Marina conseguiu tamb�m transformar uma carta de princ�pios com os compromissos do PSB em um documento um pouco mais palat�vel, que n�o parecesse uma imposi��o feita por uma legenda que, em certa medida, precisa muito de Marina para seguir com esperan�as de chegar ao Planalto.

Foi omitida ainda qualquer men��o de adiamento no processo de cria��o da Rede Sustentabilidade. O acerto dos ponteiros da campanha aconteceu em uma reuni�o tensa na Funda��o Jo�o Mangabeira, do PSB, no Lago Sul, enquanto os demais integrantes da Executiva Nacional do PSB aguardavam Marina e a c�pula socialista na sede do partido, na Asa Norte. Sucessivamente, o in�cio das delibera��es executiva foi adiado ao longo do dia.

Quando o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, e o secret�rio-geral Carlos Siqueira, chegaram � sede da legenda, Marina ainda estava no hotel, esperando que as �ltimas arestas fossem aparadas. Na hora que Marina apareceu na sede do PSB, os contratempos j� estavam amenizados e ela foi recebida aos gritos “Eduardo, presente; Marina presidente”. Emocionado, Amaral afirmou que a ex-ministra do Meio Ambiente e Beto deveriam “dar continuidade ao legado de Eduardo Campos”. Beto acrescentou que estava muito honrado em assumir o posto de vice na chapa e que o grande desafio, nos pr�ximos 45 dias, ser� rodar o pa�s para reafirmar o discurso de renova��o, contra “as velhas raposas da pol�tica”.

Marina declarou que a pr�pria separa��o entre a velha e a nova pol�tica aconteceu no vel�rio e enterro de Eduardo Campos. “Todos que ali estiveram presentes, mesmo aqueles com os quais temos diverg�ncias ideol�gicas, t�m alguma contribui��o a dar ao pa�s”, disse ela, acrescentando que os representantes da velha pol�tica ficaram constrangidos de participar da cerim�nia. “O vel�rio de Eduardo contrariou a tese da descren�a das pessoas com a pol�tica. Eduardo mostrou que era apenas uma quest�o de tempo para que as pessoas conhecessem nossas ideias”, completou Marina.

Autonomia do BC

A ex-ministra foi confrontada tamb�m com as diverg�ncias em rela��o ao PSB. Lembrou que houve consenso em torno de 14 candidaturas estaduais, e que, nessas, n�o h� restri��es. “Onde n�o houve, Eduardo j� sabia que eu me preservaria. Beto vai no meu lugar”, completou. Ela rebateu poss�veis restri��es do setor do agroneg�cio � sua candidatura. “N�o acredito nesse veto homog�neo”, disse. No campo econ�mico, refor�ou ainda a manuten��o do c�mbio flutuante, da responsabilidade fiscal, das metas de infla��o, num recado ao mercado financeiro, que tamb�m tem receios com a troca na titularidade da chapa.

Marina e Roberto Amaral ter�o de administrar uma crise com os aliados. O presidente do PSL, Luciano Bivar (RJ), anunciou ontem que romper� com a coliga��o por n�o ter sido consultado sobre o processo de mudan�as. Uma reuni�o com os representantes dos partidos aliados est� marcada para a manh� de hoje.

Marina viajar� hoje � tarde para gravar a propaganda eleitoral. Como n�o houve ainda o registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o que deve ocorrer at� s�bado – Marina ainda n�o pode ser apresentada como presidente no hor�rio eleitoral. Tamb�m no s�bado a campanha conjunta ser� oficialmente iniciada, com um grande ato em Pernambuco.

Trocas na equipe

A confirma��o do nome de Marina Silva como candidata a presidente levou integrantes da Rede Sustentabilidade a ocupar espa�os do PSB na campanha. A partir de agora � o assessor pessoal de Marina, o deputado Walter Feldman (PSB-SP), quem vai cuidar da coordena��o executiva da campanha, ao lado do secret�rio-geral do PSB, Carlos Siqueira, que era o nome escolhido pelo Eduardo Campos. Outro aliado da ex-senadora, Bazileu Margarido dividir� a coordena��o do comit� financeiro da campanha ao lado do economista Henrique Costa, amigo de faculdade do pernambucano. A coordena��o do programa de governo continua nas m�os da soci�loga Neca Set�bal, vista como fada-madrinha da ex-senadora, que dividir� a fun��o com o ex-deputado federal Maur�cio Rands (PSB-PE).


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