Dilma v� uso eleitoral da oscila��o natural da economia

Porto Alegre - A presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira na capital ga�cha que o Brasil n�o vive uma trajet�ria de degrada��o do emprego e que existe uso eleitoral dos processos naturais de flutua��o da economia. "Agora uma coisa interessante � que quando � para cima, ningu�m anuncia muito, n�o. Quando a infla��o come�ou a cair, eu n�o vi na primeira p�gina do jornal", disse.

Dilma afirmou que o Brasil ainda sofre as consequ�ncias da crise econ�mica internacional, mas disse que elas n�o reca�ram nem sobre o emprego nem sobre os sal�rios. Ela lembrou que, em sua gest�o, foram criados 5,4 milh�es de postos de trabalho e criticou "eles", da oposi��o, que, de acordo com a presidente, defendem o combate � crise por meio do "tarifa�o", da eleva��o de impostos, do aumento do desemprego e do arrocho salarial. "N�s n�o enfrentamos a crise pelo m�todo tradicional", disse.

Respondendo � pergunta de um jornalista, a candidata � reelei��o tamb�m afirmou que n�o acabar� com o fator previdenci�rio em um poss�vel segundo mandato e que, por enquanto, n�o avaliou a quest�o. Segundo ela, qualquer mudan�a nesse sentido tem que levar em conta o envelhecimento da popula��o brasileira.

"Acho que quem diz que vai acabar com o fator previdenci�rio tem que explicar como � que paga. Todo mundo, para ser presidente da Rep�blica, tem a obriga��o de explicar para a popula��o que n�o est� fazendo demagogia. Se acabar (com fator previdenci�rio), como � que paga, como fica a conta p�blica", afirmou. "O que � imposs�vel � voc� falar 'vou reduzir a meta de infla��o' e n�o explicar o que faz com os programas sociais. Porque algu�m que fala para voc� que vai reduzir a meta da infla��o, no dia seguinte tem que cortar programa social. A equa��o simplesmente n�o fecha."

� noite, Dilma participa de com�cio do PT na capital ga�cha. Ela dorme na cidade e, neste s�bado, 23, cumpre agenda de campanha no Rio Grande do Sul.