A presidente Dilma Rousseff admitiu hoje que o acesso �s especialidades ainda � um "problema grave" da sa�de p�blica, insistiu nas compara��es com gest�es anteriores �s do PT, provocou os advers�rios dizendo que eles n�o podem se comparar ao governo e afirmou que acreditar no Pa�s � obriga��o dos brasileiros em regime democr�tico, durante discurso para cerca de 200 apoiadores neste s�bado, no Centro de Eventos do Hotel Plaza S�o Rafael, em Porto Alegre.
Dirigindo-se ao p�blico, formado por prefeitos, vice-prefeitos e candidatos a cargos eletivos neste ano, Dilma destacou a participa��o dos munic�pios nos programas s�cias, sustentando que iniciativas como o Bolsa Fam�lia, o Minha Casa, Minha Vida e o Mais M�dicos, entre outros, s� funcionam com a participa��o das prefeituras.
Enquanto citava a contrata��o de 14,4 mil m�dicos para dar assist�ncia b�sica a 50 milh�es de brasileiros, Dilma reconheceu que o Pa�s ainda tem de resolver o "problema grave" do acesso �s especialidades. "Ainda temos de dar muitos passos para criar um sistema de sa�de de qualidade; temos de enfrentar o problema do acesso �s especialidades, ao m�dico do cora��o, ao m�dico do pulm�o, aos exames laboratoriais", avaliou, para afirmar que j� foi dado "um passo imenso" com o Mais M�dicos.
Em diversos momentos do discurso de 35 minutos, a presidente comparou as a��es dos governos petistas, iniciados com Luiz In�cio Lula da Silva em 2002, com os anteriores e rebateu os cr�ticos da gest�o atual. "Antes da Copa do Mundo difundiram que o Brasil n�o tinha condi��es de fazer uma Copa � altura do Pais. Mentira! Fizemos a Copa das Copas e quem fez foi o governo federal e os governos estaduais, prefeituras de cidades-sede e o povo brasileiro, que deu show. N�s ganhamos de goleada fora do campo, infelizmente perdemos no campo", comentou, sobre o maior evento do futebol mundial. "Eles diziam que fazer o P�lo Naval era ideia mirabolante, hoje temos quatro estaleiros no Rio Grande do Sul", prosseguiu.
Na sequ�ncia, Dilma repetiu a acusa��o que vem fazendo, sem citar nome, ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de ter quebrado o Brasil tr�s vezes diante de crises internacionais por n�o ter reservas financeiras suficientes e seguir o receitu�rio recessivo de cortar sal�rios e empregos e aumentar tributos e tarifas.
Dilma sustentou que nas gest�es petistas o Brasil aumentou suas reservas de US$ 38 bilh�es para US$ 380 bilh�es e pode "se dar ao luxo absoluto" de enfrentar a atual crise financeira internacional "garantindo emprego, assegurando sal�rio e investindo em infraestrutura".
A presidente previu ainda que o Brasil ter� um novo ciclo de crescimento, que "foi plantado agora" com o ensino profissionalizante do Pronatec, concess�es rodovi�rias, ferrovi�rias, aeroportu�rias e portu�rias e investimentos em mobilidade urbana. Prevendo a necessidade de mais investimentos no futuro, Dilma voltou a cutucar os concorrentes afirmando que � a mais habilitada a tocar os projetos. "N�s fizemos; quem n�o fez n�o pode se comparar conosco", reiterou.
No discurso, Dilma voltou a manifestar convic��o de que a corrida eleitoral vai mostrar aquilo que a popula��o ainda n�o sabe das realiza��es de seu governo. "Essa campanha vai colocar a verdade contra a desinforma��o, a oculta��o de informa��es e a mentira a respeito do que fez o governo federal", comentou. "Quando o Lula venceu pela primeira vez era a esperan�a venceu o medo, agora � a verdade vai vencer a mentira e a desinforma��o".
Ao final, Dilma conclamou o p�blico ao otimismo. "N�s acreditamos no Brasil dentro da cadeia, sendo torturados", lembrou, sobre os tempos em que ficou presa por combater a ditadura militar. "Acreditar no Brasil na democracia � obriga��o do cidad�o brasileiro", concluiu.
Al�m do encontro com os apoiadores de diversos partidos, Dilma programou uma visita � BR-448, na regi�o metropolitana de Porto Alegre, para este s�bado.