A presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, participou na manh� deste s�bado de um encontro com mais de 150 prefeitos e vice-prefeitos do Rio Grande do Sul, no segundo dia de campanha no Estado. Em seu discurso, Dilma lembrou que j� foi secret�ria da Fazenda de Porto Alegre na d�cada de 80, na gest�o do ent�o prefeito Alceu Colares, e por isso conhece as dificuldades de uma Prefeitura. "Houve um tempo no Brasil em que os prefeitos eram recebidos (em Bras�lia) n�o com di�logo, n�o com aceita��o de que � poss�vel ter diferen�as para chegar a um consenso", afirmou. "Naquela �poca a interlocu��o era feita com a pol�cia, com o cachorro na rua, era feito de uma forma que n�o era aquela que um Pa�s que se quer republicano e democr�tico e que tem compromisso com federa��o deve ter com munic�pios."
A presidente lembrou o apoio do governo federal ao aumento de 1 ponto porcentual no Fundo de Participa��o dos Estados - o Senado aprovou no in�cio de agosto o projeto que deve estimar em R$ 3,8 bilh�es a eleva��o do repasse. "N�s sabemos que � importante garantir e preservar a autonomia das prefeituras para garantir o custeio", falou a presidente.
Dilma tamb�m disse que, sem os prefeitos, uma s�rie de programas sociais n�o teria sa�do do papel, entre eles o Bolsa Fam�lia. Ela aproveitou para repudiar o uso pol�tico dos programas sociais. "O Bolsa Fam�lia est� baseado no cart�o que � pessoal", afirmou. "Ningu�m deve nada a ningu�m. � direito do cidad�o receber."
O evento em Porto Alegre foi organizado pelo Comit� Suprapartid�rio de Prefeitos do RS e contou com a participa��o de representantes de partidos que n�o comp�em a coliga��o do PT no Estado, como o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, o PDT e o PP - as tr�s legendas t�m candidatura pr�pria ao Pal�cio Piratini.
Segundo o presidente do PT no Rio Grande do Sul, Ary Vanazzi, 13 legendas apoiam Dilma e Temer no Estado. "Estamos do lado do governo que fez o maior programa de habita��o do Pa�s", disse o prefeito Saulo Dias (PP), de Rio dos �ndios. A candidata progressista ao governo estadual, Ana Am�lia Lemos, apoia a candidatura do senador A�cio Neves � Presid�ncia. Segundo Dias, o governo de Dilma sempre recebeu bem suas demandas, sem perguntar de que partido eram.
J� o prefeito de Porto Alegre, Jos� Fortunati (PDT), falou da import�ncia de os gestores p�blicos municipais terem aprimorado sua rela��o com o governo federal ao longo dos �ltimos anos, e disse que � preciso continuar com esse processo. Ele tamb�m mencionou o esfor�o feito pelo governo para aumentar os recursos destinados �s cidades brasileiras. "Nos �ltimos anos 10 anos o FP (Fundo de Participa��o dos Munic�pios) cresceu 227%. N�o podemos negar que h� um crescimento real", disse.
O PDT, que chegou a fazer parte do governo de Tarso Genro (PT), hoje faz oposi��o aos petistas no Estado e trabalha pela candidatura do deputado federal Vieira da Cunha ao Pal�cio Piratini. Grande parte da base do partido no RS declarou apoio ao PSB de Marina Silva na disputa pela Presid�ncia.
Petrobras
A presidente Dilma disse ainda que n�o falaria sobre o acordo de dela��o premiada aceito pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. "Eu n�o tenho o que comentar sobre esta quest�o", afirmou na sa�da de um evento com prefeitos ga�chos, em Porto Alegre. "N�o tenho a menor ideia do acordo entre aqueles interessados", limitou-se a dizer, ao ser questionada sobre a not�cia. "Eu n�o vou comentar."
Este � o segundo dia da agenda de Dilma Rousseff no Rio Grande do Sul. Ontem (22) ela visitou uma esta��o de trem em Nova Hamburgo e participou de com�cio do PT.