Dilma faz campanha e tenta parceria com prefeitos ga�chos

Bras�lia – Vaiada pela aus�ncia na sabatina promovida pela Confedera��o Nacional dos Munic�pios, em maio deste ano, a presidente Dilma Rousseff fez campanha ontem diante de 200 prefeitos, vices e vereadores ga�chos que a apoiam na corrida pela reelei��o. Refor�ou que, a partir de 2003, quando o PT chegou ao poder com Luiz In�cio Lula da Silva, a interlocu��o do governo federal com os administradores municipais mudou para melhor. E elogiou as parcerias feitas entre os dois entes federativos. “Iniciativas como o Bolsa Fam�lia, o Minha Casa, Minha Vida e o Mais M�dicos, entre outras, s� funcionam com a participa��o das prefeituras”, disse ela.

Dilma desembarcou em Porto Alegre para refor�ar os la�os de consanguinidade e ajudar o governador petista Tarso Genro, que enfrenta uma elei��o dur�ssima contra a senadora Ana Am�lia (PP-RS). A presidente tamb�m voltou a admitir uma falha governamental – o acesso �s especialidades m�dicas – ao falar sobre a contrata��o de 14,4 mil profissionais do Programa Mais M�dicos para dar assist�ncia b�sica a 50 milh�es de pessoas. “Ainda temos de dar muitos passos para criar um sistema de sa�de de qualidade; temos de enfrentar o processo de acesso �s especialidades, ao m�dico do cora��o, ao m�dico do pulm�o, aos exame laboratoriais”, ressaltou ela.

Mesmo assumindo responsabilidades e reconhecendo que ainda h� muito mais a ser feito em termos de investimentos, Dilma provocou os tucanos ao afirmar que n�o h� como comparar o que foi feito nos governos dela e de Lula com o que aconteceu durante a gest�o de Fernando Henrique Cardoso. “N�s fizemos, quem n�o fez n�o pode se comparar conosco”, desafiou a presidente.

 A candidata petista afirmou que, antes de o PT chegar ao poder, o Brasil “quebrou tr�s vezes” e n�o tinha reservas internacionais suficientes para sustentar o pa�s durante as turbul�ncias financeiras. “Quando o Lula venceu pela primeira vez, era a esperan�a que vencera o medo. Agora, � a verdade que vai vencer a mentira e a desinforma��o”, discursou Dilma.
 A presidente, que durante o hor�rio eleitoral veiculado ontem teve ressaltado, al�m da capacidade gerencial, o lado humano, ao falar das estripulias feitas pelo neto Gabriel no Pal�cio da Alvorada, disse que a Copa do Mundo foi um sucesso fora do campo, apesar da retumbante derrota por 7 a 1 diante da Alemanha. E cobrou otimismo dos presentes. “N�s acreditamos no Brasil dentro da cadeia, sendo torturados. Acreditar no Brasil e na democracia � obriga��o do cidad�o brasileiro”, conclamou.

 

 

Dose dupla

Treze partidos que integram o comit� de apoio � reelei��o dela participaram ontem do encontro da presidente Dilma Rousseff com 108 prefeitos e 67 vices no Rio Grande do Sul. Foi o segundo encontro da candidata do PT com gestores municipais durante a campanha eleitoral. H� tr�s semanas, em Montes Claros (MG), Dilma reclamou dos dirigentes de cidades “que n�o valorizam” as realiza��es do governo, especialmente as a��es de combate � seca na regi�o. Ontem, Dilma afagou os dirigentes municipais dizendo que a maioria dos programas sociais do governo, como o Bolsa-Fam�lia e o Minha Casa, Minha Vida, n�o seria vi�vel sem o apoio das prefeituras. Para tentar mostrar proximidade com os administradores e rebater cr�ticas de que n�o os recebe – como ocorreu na Marcha dos Prefeitos a Bras�lia este ano – ela afirmou que, no passado, eles eram recebidos pelo governo federal
“com a pol�cia e com cachorro na rua”.